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Chinesa presa em resort de Trump na Flórida tramava "algo nefasto", diz juiz

REUTERS/Kevin Lamarque -
Flórida
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Uma mulher chinesa acusada de blefar para entrar no resort de Donald Trump na Flórida no mês passado teve um pedido de fiança rejeitado por um juiz federal que disse acreditar que ela estava tramando "algo nefasto".

Yujing Zhang, que carregava quatro celulares e um laptop ao ser presa, declarou inocência em uma audiência de denúncia e detenção nesta segunda-feira em um tribunal federal em West Palm Beach, na Flórida.

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Flórida (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

Yujing, de 33 anos, foi indiciada formalmente ao ser acusada de fazer declarações falsas a um agente federal e entrar ou permanecer em uma área restrita. As acusações implicam em uma pena de até cinco anos de prisão.

Durante a audiência, um procurador federal disse que Yujing pode ser alvo de outras acusações e o magistrado juiz William Matthewman negou seu pedido de caução.

Matthewman disse estar preocupado que Yujing tenha dito a agentes do Serviço Secreto dos EUA que estava em Mar-a-Lago para participar de evento de caridade que, segundo promotores, sabia que havia sido cancelado.

"Parece ao tribunal que a senhora Zhang estava tramando algo nefasto quando tentou ilegalmente obter acesso a Mar-a-Lago, disse Matthewman. "O fato de que ela tenha estado a poucos metros de alcance de um computador em Mar-a-Lago é algo extremamente preocupante".

Ela não recebeu nenhuma acusação de espionagem. O FBI está examinando se Yujing tem algum vínculo com agências de inteligência da China ou com operações de influência política, disseram duas fontes do governo dos EUA à Reuters.

Yujing segundo documentos judiciais, foi presa em 30 de março depois de apresentar motivos conflitantes para estar no clube de Mar-a-Lago de Palm Beach durante uma das visitas de final de semana de Trump, um incidente que renovou as preocupações com a segurança no clube.

Trump não estava nas dependências na ocasião.

Ela teve permissão de entrar brevemente na propriedade porque funcionários a tomaram pela filha de um associado. Ela despertou suspeitas ao dizer a agentes do Serviço Secreto e a uma equipe de recepção de Mar-a-Lago que queria usar a piscina e que estava ali para um evento que não constava no calendário do dia, de acordo com procuradores.