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Sistema de estabilização do Boeing teria sido ativado no voo da Etiópia

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O sistema automático de estabilização de voo que equipa os aviões Boeing 737 MAX e que está envolvido no acidente da Ethiopian Airlines, foi ativado um pouco antes da queda da aeronave, informou nesta sexta-feira o Wall Street Journal.

As conclusões preliminares da análise das caixas-pretas do Boeing acidentado foram formuladas na quinta-feira em uma reunião de alto nível da Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), segundo o jornal, que cita pessoas familiarizadas com o conteúdo das discussões. Esses resultados ainda devem ser revisados mais detalhadamente, de acordo com essas pessoas.

As autoridades etíopes devem publicar seu próprio relatório preliminar em meados de abril. O ministro dos Transportes da Etiópia, Dagmawit Moges, falou de "claras semelhanças" entre os acidentes do voo 302 da Ethiopian Airlines e de outro 737 MAX na Indonésia, o voo 610 da Lion Air em outubro. Os dois acidentes deixaram 346 mortos.

Estas semelhanças parecem vir de problemas no sistema MCAS (Maneuvering Characteristics Augmentation System), que foi instalado nos 737 MAX para compensar os problemas aerodinâmicos causados pela mudança de localização e peso dos dois motores da aeronave.

Desde então, a fabricante americana iniciou o desenvolvimento de um corretido do sistema MCAS para obter permissão dos reguladores para fazer os 737 MAX voltarem a voar.

A Boeing apresentou as mudanças na quarta-feira em sua sede de Renton, diante de centenas de profissionais. O funcionamento do MCAS será mais transparente para a tripulação e os pilotos poderão desativá-lo mais facilmente em caso de problema, afirmou a empresa.

O objetivo é "reduzir a carga de trabalho da tripulação em situações anormais e impedir que o MCAS seja ativado devido a informações falsas", indicou a Boeing, que também planeja capacitar melhor os pilotos nos detalhes do MCAS e do 737 MAX.

ia/wdb/mra/dga/ll/lp/mr