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Direitos das afegãs são 'linha vermelha' nas negociações com talibãs

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Os direitos das mulheres constituem uma "linha vermelha" para o governo afegão nas negociações de paz entre Estados Unidos e os talibãs, declarou nesta segunda-feira o ministro afegão das Relações Exteriores, Salahuddin Rabbani.

Rabbani disse ao jornal alemão Bild que os direitos sem limites para as mulheres são uma "linha vermelha absoluta" para Cabul.

"Não haverá restrições na escolarização das meninas, não sacrificaremos o que estamos construindo durante 18 anos", garantiu Rabbani, que reafirmou seu apoio às negociações de paz em curso no Catar.

"A negociação é a única maneira de acabar com este conflito e estes problemas", disse Rabbani, destacando que "quando falamos de paz não significa ceder, não se trata de restabelecer o regime talibã no país".

"Se tivermos paz, estabilidade e investimentos estrangeiros neste país, as pessoas não irão do Afeganistão para a Alemanha, ficarão aqui. Por isto este processo de paz é tão importante".

Os talibãs se negam a negociar diretamente com o presidente afegão, Ashraf Ghani, apesar dos reiterados apelos dos Estados Unidos.

Rabbani disse ao Bild que a Alemanha, que tem presença militar no Afeganistão, poderia organizar a próxima rodada de conversações de paz.

"Como disse o ministro (alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas), a Alemanha está pronta para dar as boas-vindas às conversações de paz, e o governo afegão aprecia isto".