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Assange pede intervenção da CIDH contra Estados Unidos e Equador

AFP -
Julian Assange
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Os advogados de Julian Assange apresentaram um "pedido urgente" à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para conseguir que as autoridades americanas revelem a acusação e impeçam que o Equador o extradite aos Estados Unidos, informou o WikiLeaks nesta quarta-feira (23).

Em novembro, promotores americanos haviam revelado involuntariamente uma acusação que deveria permanecer secreta contra o australiano, de 47 anos, que desde 2012 vive asilado na embaixada do Equador em Londres.

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Julian Assange (Foto: AFP)

"As revelações segundo as quais os Estados Unidos iniciaram um processo contra Assange geraram comoção na comunidade internacional", afirma um trecho do requerimento, incluído em um comunicado divulgado pelo WikiLeaks.

O governo americano "deve fornecer as informações sobre as acusações criminais imputadas ao senhor Assange em sua totalidade", acrescenta.

Este "pedido urgente" de 1.172 páginas à CIDH, organismo com sede em Washington encarregado de supervisionar o cumprimento das obrigações legais dos países, solicita "medidas cautelares" contra os Estados Unidos, detalha o comunicado.

Nele, o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, coordenador internacional da equipe jurídica de Assange, denuncia "a perseguição política da administração de (Donald) Trump" e pede "solidariedade internacional com este caso, no qual está em perigo o direito de acessar e compartilhar informações livremente".

Os advogados do australiano também pedem à Comissão que obrigue o Equador a impedir uma extradição aos Estados Unidos e acabem com o "asilo" ao qual está submetido em sua embaixada em Londres.

O requerimento também denuncia "operações de espionagem contra o senhor Assange na embaixada em Londres por parte dos serviços de segurança especializados contratados pelo Equador". Este, afirma, "ao invés de estar envolvido na proteção do asilado, espiona o senhor Assange e seus visitantes".

"Segundo relatos dos meios de comunicação, a empresa esteve atuando como informante para as autoridades americana, especificamente para o FBI", acrescenta o WikiLeaks.