O papa Francisco aceitou, nesta quarta-feira (19), a renúncia do bispo auxiliar de Los Angeles, Alexander Salazar, suspeito de "conduta inapropriada com um menor" de idade, segundo comunicado publicado pelo Vaticano.
Um comitê que investigou esta acusação na Califórnia considerou a denúncia "crível", ressalta um comunicado da arquidiocese de Los Angeles divulgado pelo Vaticano.
Em 2005, um ano depois de sua ordenação como bispo, a arquidiocese tomou conhecimento de informações sobre uma conduta inapropriada com um menor, remontando à década de 1990, quando ele era um simples padre de uma paróquia.
Uma investigação aberta pela justiça civil em 2002 não conduziu a um julgamento, mas a arquidiocese de Los Angeles decidiu submeter o caso ao Vaticano.
A Congregação para a Doutrina da Fé, encarregada de examinar tais casos no Vaticano, impôs "medidas de precaução" ao bispo Salazar, que nega qualquer má conduta.
O arcebispo de Los Angeles, José Gomez, explica em seu comunicado que recebeu permissão para submeter o caso a uma comissão independente de inquérito criada pela arquidiocese, que finalmente considerou a denúncia como "credível".
"Essas decisões foram tomadas por causa de uma profunda preocupação pela cura e reconciliação das vítimas de abusos e pelo bem da missão da Igreja", escreveu ele.
"Devemos nos aproximar das vítimas sobreviventes de abusos através de nossas orações e ações", acrescentou Gomez.
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