Um juiz federal dos Estados Unidos adiou para março a sentença do ex-assessor de Segurança Nacional do presidente Donald Trump, Michael Flynn, que deveria ser revelada nesta terça-feira (18).
O magistrado Emmet Sullivan afirmou que não tinha como esconder seu desgosto ao saber que Flynn admitiu ter mentido para o FBI, e por isso adiou a sentença para assegurar que ele coopere totalmente com a investigação sobre a suposta ligação entre a Rússia e a equipe de campanha presidencial do republicano nas eleições de 2016.
Durante a audiência, o juiz criticou duramente o ex-assessor e disse que Flynn "provavelmente" havia vendido o país dele. No ano passado, Flynn admitiu ter mentido para o FBI sobre os contatos entre a equipe de Trump e o embaixador russo nos EUA, Sergey Kislyak. Ele optou, então, por negociar um acordo de cooperação com as autoridades.
O promotor especial Robert Mueller recomendou que o ex-conselheiro de segurança da Casa Branca não seja condenado à prisão, pois "colaborara" de forma "substancial" com as investigações.
Contudo, Sullivan ressaltou que o comportamento de Flynn foi abominável e não estava certo se poderia poupá-lo de uma sentença severa. Desta forma, os advogados de defesa do ex-assessor pediram o adiamento da audiência.
O juiz federal aceitou o pedido e pediu um relatório de status em 90 dias, embora tenha dito que "não estava fazendo promessas" de que veria a questão de maneira diferente em três meses.