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Itália fecha duas boates após tragédia com 6 mortos

As duas discotecas estavam com público acima da capacidade

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Após a tragédia que matou seis pessoas e feriu mais de 100 em uma boate de Corinaldo, no centro-leste da Itália, a polícia interditou neste domingo (9) duas discotecas no sul do país por causa de superlotação.

Ambos os estabelecimentos ficam no Vale de Diano, na província de Salerno, e recebiam shows de música eletrônica. Segundo a Arma dos Carabineiros, uma das discotecas, a "Be Cool", de San Pietro al Tanagro, tinha 400 pessoas a mais que sua capacidade certificada. Além disso, suas saídas de emergência estavam bloqueadas.

Imagens: Pânico e correria terminam com seis mortos em boate na Itália

Já a outra, chamada "Officina Gambrinus", em Atena Lucana, realizava um show apesar de ter permissão apenas para venda de bebidas e alimentos. Os carabineiros também constataram que o local estava com o dobro da capacidade. Os donos das duas discotecas receberam multas que totalizam 18 mil euros e perderam suas licenças.

A tragédia na boate Lanterna Azzurra, em Corinaldo, no último sábado (8), teria sido provocada pelo lançamento de spray de pimenta por parte de um adolescente, mas os investigadores também acreditam que uma eventual superlotação pode ter contribuído para as mortes.

Polícia italiana desmente procuradora sobre lotação de boate

A polícia da Itália desmentiu neste domingo (9) a informação da chefe do Ministério Público de Ancona, Monica Garulli, de que 1,4 mil ingressos haviam sido vendidos para o show do rapper Sfera Ebbasta na discoteca Lanterna Azzurra, em Corinaldo, leste do país, número 60% maior que sua capacidade.

Um tumulto durante a apresentação, provavelmente provocado pelo lançamento de spray de pimenta, deixou seis pessoas mortas, incluindo cinco adolescentes, e mais de 100 feridas, sete das quais em estado grave.

"A cifra difundida ontem, de 1,4 mil bilhetes, se baseava nos números de série", explicou o comandante da Arma dos Carabineiros em Ancona, Cristian Carrozza. O número anterior havia sido divulgado por Garulli no último sábado (8) e gerou muitas críticas, inclusive por parte de membros do governo, contra a casa de shows.

De acordo com Carrozza, 680 entradas foram colocadas à venda, das quais 500 foram retiradas. O comandante também informou que a capacidade da boate no momento do espetáculo era de 459 pessoas, já que somente dois dos três ambientes estavam abertos - também no sábado, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, havia falado que apenas um ambiente funcionava. Em condições normais, a capacidade é de 870 pessoas.

As declarações diferentes entre integrantes do poder público revivem um antigo problema da Itália de desencontro de informações oficiais no âmbito de investigações sobre tragédias. Um dos próprios donos da boate, Marco Cecchini, forneceu um número diverso.

"Não havia 1,4 mil pessoas, como todos estão dizendo. Na minha opinião, não chegavam a mil, e calculando aquelas que estavam do lado de fora fumando. Dentro havia pouco mais de 800", disse ele ao jornal "QN".

Cecchini garantiu que a boate é segura e ainda afirmou que tem recebido ameaças de morte. "Querem que eu seja preso, mas eu não fiz nada de diferente de todas as outras vezes quando, eu juro, havia até mais pessoas", afirmou, prometendo reabrir a Lanterna Azzurra somente quando "esses criminosos com spray de pimenta não estiverem mais por aí".

A polícia já identificou um adolescente suspeito de lançar o spray contra o público, mas ainda não o interrogou.

Itália identifica suspeito de causar tumulto em boate

A polícia da Itália identificou um adolescente suspeito de soltar o spray de pimenta que estaria na origem do tumulto que matou seis pessoas em uma discoteca de Corinaldo, no centro-leste da Itália, na madrugada do último sábado (8).

A tragédia ocorreu durante um show do rapper Sfera Ebbasta na boate Lanterna Azzurra, que recebia um público formado sobretudo por adolescentes. O lançamento do spray de pimenta teria provocado pânico na multidão, que, ao tentar fugir, acabou derrubando uma balaustrada e pisoteando muitas pessoas.

O balanço contabiliza seis mortos, incluindo cinco adolescentes de 14 a 16 anos e uma mãe de 39 que acompanhava a filha de 11 no show de Sfera Ebbasta. Mais de 100 pessoas ficaram feridas, sendo que sete estão em estado grave, com traumatismos cranianos e torácicos.

Segundo fontes policiais, o adolescente que teria lançado spray de pimenta reside na própria província de Ancona e foi identificado graças a relatos de testemunhas. Ele ainda não foi ouvido pelas autoridades, e sua identidade permanece sob sigilo.

Confusões provocadas por spray de pimenta não são algo inédito na Itália. Em junho de 2017, um episódio semelhante deixou uma mulher morta em uma concentração de torcedores da Juventus na Praça San Carlo, no centro de Turim, onde telões transmitiam a final da Liga dos Campeões da Europa.

As autoridades também apuram se a discoteca estava superlotada. No último sábado, a chefe do Ministério Público de Ancona, Monica Garulli, disse que 1,4 mil ingressos haviam sido vendidos para o show, sendo que a Lanterna Azzurra tem capacidade para 870 pessoas.

No entanto, neste domingo (9), o comandante da Arma dos Carabineiros em Ancona, Cristian Carrozza, desmentiu a informação e disse que 680 entradas foram colocadas à venda e que 500 foram retiradas. "A cifra difundida ontem, de 1,4 mil bilhetes, se baseava nos números de série", afirmou.

De acordo com Carrozza, a capacidade da boate no momento do espetáculo era de 459 pessoas, já que somente dois dos três ambientes estavam abertos - também no sábado, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, havia falado que apenas um ambiente funcionava.