ASSINE
search button

Imprensa estatal síria denuncia ataque rebelde com "gás tóxico" em Aleppo

George OURFALIAN / AFP -
Mulher ferida é atendida em Aleppo
Compartilhar

Mais de 100 casos de pessoas com dificuldades respiratórias foram registrados após um suposto ataque rebelde com "gás tóxico" contra a cidade de Aleppo na Síria, sob controle do regime, de acordo com um balanço divulgado pela imprensa estatal.

A Frente Nacional de Libertação, o principal grupo rebelde nas províncias de Aleppo e Idlib (noroeste), negou envolvimento.

Macaque in the trees
Mulher ferida é atendida em Aleppo (Foto: George OURFALIAN / AFP)

Citando "fontes médicas", a agência oficial Sana informou que durante a noite de sábado foram registrados "107 casos de asfixia". A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) citou "94 casos de asfixia".

Na Rússia, o ministério da Defesa confirmou neste domingo que os rebeldes sírios usaram armas químicas com cloro em um ataque em Aleppo.

"De acordo com as informações, confirmadas sobretudo pelos sintomas de envenenamento das vítimas, os projéteis disparados nas áreas residenciais de Aleppo continham cloro", afirmou o porta-voz do ministério da Defesa, Igor Konashenkov.

No sábado à noite, um fotógrafo da AFP observou a chegada ao hospital de dezenas de civis com dificuldades respiratórias, especialmente mulheres e crianças, que foram atendidos com máscaras de oxigênio.

O chefe de polícia de Aleppo, Essam al-Chili, afirmou à agência Sana que "os grupos terroristas atacaram os bairros residenciais com foguetes que continham gases tóxicos, provocando casos de asfixia entre os civis".

"Desmentimos as denúncias falsas do regime sobre um ataque contra Aleppo que teria sido executado pelos revolucionários com a ajuda de projéteis com gás cloro", afirmou em um comunicado o porta-voz da coalizão rebelde Frente Nacional de Libertação, Naji Moustapha.

O OSDH informou que os hospitais receberam 94 casos de asfixia e vários pacientes receberam alta. Trinta e uma pessoas permanecem internadas, ma seu estado não é crítico, segundo a ONG.

rim/tgg/feb/sr/me/fp