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Ossos achados em prédio do Vaticano são de homem

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Os ossos encontrados em um edifício anexo da Nunciatura Apostólica (espécie de embaixada do Vaticano) em Roma são datados de antes de 1964, de acordo com a primeira análise realizada por especialistas a pedido do Ministério Público.

A descoberta descarta a hipótese de os restos mortais pertencerem a Emanuela Orlandi, jovem vaticana desaparecida em 1983, aos 15 anos de idade. De acordo com a Procuradoria de Roma, os ossos não são de Orlandi nem de Mirella Gregori, adolescente italiana que sumiu no mesmo ano, também aos 15.

Além disso, exames que isolaram uma amostra de DNA inutilizável identificaram o cromossomo Y, o que comprova que os restos mortais são de um homem. As análises foram feitas em fragmentos da calota craniana e do rádio, osso do antebraço.

As ossadas foram descobertas no fim de outubro, durante obras de reforma em um anexo da Nunciatura, levantando suspeitas de ligação com os casos de Orlandi e Gregori, dois dos episódios mais misteriosos da história criminal de Roma.

O irmão de Orlandi, Pietro, no entanto, disse que prefere esperar o resultado de exames de DNA. "Pelo que eu sei, esses são os primeiros resultados de exames com o método do carbono 14 [técnica de datação]. Quero esperar o resultado do exame genético com o DNA, que pode dar certeza", afirmou.

Gregori sumiu após dizer para sua mãe que tinha um encontro com um colega de escola, enquanto Orlandi, filha de um funcionário do Vaticano, desapareceu enquanto voltava para casa. Até hoje não foi encontrada nenhuma prova de que os dois casos estejam interligados.

Essa não é a primeira vez que a polícia italiana apura a relação entre ossadas e os desaparecimentos de Orlandi e Gregori. Em 2012, investigadores encontraram cerca de 400 caixas com ossos na igreja de Santo Apolinário, em Roma, onde estava sepultado o mafioso Renatino De Pedis, suspeito de envolvimento no sumiço de Orlandi. Os exames, contudo, não encontraram ligação com as jovens.