ASSINE
search button

Trump avalia danos causados por furacão Michael na Flórida

Compartilhar

O presidente americano, Donald Trump, visitou nesta segunda-feira (15) áreas devastadas pelo furacão Michael na semana passada e reuniu-se com algumas das milhares de pessoas que ainda lutam para sobreviver no local sem água encanada e energia elétrica.

A bordo do helicóptero presidencial Marine One, Trump sobrevoou Mexico Beach, uma das cidades mais afetadas pela tempestade de categoria 4, e viu árvores arrancadas pela raiz, fileiras de casas destelhadas, algumas abaladas em suas fundações, torres de água derrubadas e um estacionamento onde caminhões de nove eixos acabaram virados como se fossem brinquedos.

"É incrível o poder da tempestade", disse Trump em declarações reproduzidas na TV. "Alguém disse que foi como um tornado muito grande, extremamente grande. Foi realmente o que foi. Foi muito mais forte do que qualquer vento que viram".

Michael atingiu a costa oeste da Flórida na quarta-feira, com ventos de 250 km/h, quando começou seu avanço para o norte, passando por vários estados da costa sudeste americana. Pelo caminho, o furacão deixou 17 mortos.

Trump esteve acompanhado da esposa, Melania, do governador republicano em fim de mandato, Rick Scott, e de Kirstjen Nielsen, diretor do Departamento de Segurança Nacional, enquanto inspecionou danos em casas e comércios.

O presidente elogiou Scott - candidato ao Senado nas eleições de meio de mandato no mês que vem - por "fazer um trabalho incrível".

O governador retribuiu, agradecendo Trump pela ajuda federal, afirmando que o estado foi atendido em tudo o que solicitou.

Panama City e o balneário de Mexico Beach, na Flórida, foram particularmente devastados, com milhares de casas e estabelecimentos comerciais destruídos.

Linhas de energia e redes de telefone permanecem fora de serviço em muitos bairros, e apenas grandes rodovias estavam limpas.

"Você nem saberia que eles tinham casas", declarou Trump a respeito de pessoas cujos lares foram arrancados de suas fundações na passagem da tempestade colossal.

Socorristas que chegaram no dia seguinte ao impacto do furacão montaram centros de distribuição de água e comida, enquanto carros formavam longas filas em frente aos poucos postos de gasolina em funcionamento.

Mais de metade de Bay County, onde fica Panama City, ainda estava sem energia elétrica na manhã desta segunda-feira, enquanto alguns condados no interior permaneciam 80% sem comunicação, de acordo com autoridades dos serviços de emergência.

"No momento [trata-se] apenas de sobrevivência", disse Daniel Fraga, morador de Panama City. "A parte boa é que viemos todos juntos, nos ajudamos uns aos outros. Estamos nisto juntos", acrescentou.

O Exército americano, a Guarda Nacional e a Polícia estão patrulhando a área, que fica escura ao anoitecer.

A base Tyndall, da Força Aérea americana, situada entre Panama City e Mexico Beach, sofreu danos extensos e informes questionam o destino de uma série de caças F-22 que não puderam ser retirados do local antes da chegada do furacão.

O valor unitário das aeronaves é de cerca de US$ 150 milhões, e supera os US$ 330 milhões quando adicionados os custos com pesquisa e desenvolvimento.

"Visualmente, estão todos intactos e parecem muito melhor do que o esperado, considerando os danos em algumas estruturas", declarou a Força Aérea americana em um comunicado.

"Nossos profissionais de manutenção vão fazer uma avaliação detalhada de F-22 Raptors e outras aeronaves antes de que possamos dizer com certeza que as aeronaves danificadas podem ser reparadas e voltar a voar", acrescentou.

Durante a visita, Trump esteve na base antes de seguir viagem no Air Force One rumo à Geórgia, estado que também sofreu danos com a passagem do furacão pelo sudeste do país.