ASSINE
search button

Bulgária prende suspeito de assassinar jornalista

Viktoria Marinova investigava fraudes em uso de fundos da UE

Compartilhar

Um "cidadão romeno de ascendência ucraniana" foi preso na Bulgária por suspeita de participação no assassinato da jornalista Viktoria Marinova, que apurava denúncias de corrupção no uso de fundos da União Europeia.

A detenção foi confirmada pelo chefe da polícia em Ruse, Teodor Atanassov, que disse que o suspeito será mantido sob custódia por pelo menos 24 horas para interrogatório. O corpo de Marinova foi encontrado no último sábado (6), às margens do rio Danúbio, em Ruse, 310 quilômetros a leste da capital Sófia.

O crime ocorreu em um parque onde a jornalista se exercitava.

Ela também teria sido estuprada pelo assassino. Marinova, 30 anos, era repórter da emissora de televisão privada "TVN" e apresentou uma série de reportagens sobre supostas fraudes no uso de recursos europeus.

O ministro do Interior da Bulgária, Mladen Marinov, no entanto, afirma que o homicídio não está ligado à atividade profissional da jornalista. O Ministério Público de Sófia abriu um inquérito sobre a utilização de fundos da UE e bloqueou a transferência de 14 milhões de euros para a construtora GP Group, envolvida na denúncia.

Marinova é a terceira jornalista assassinada na União Europeia nos últimos 12 meses. Em outubro de 2017, Daphne Caruana Galizia foi vítima de uma bomba em seu carro em Malta, após publicar denúncias de corrupção no governo do primeiro-ministro Joseph Muscat.

Já em fevereiro passado, Ján Kuciak foi assassinado na Eslováquia com sua namorada, Martina Kusnirova. Ele também apurava irregularidades no repasse de recursos europeus, e o caso levou à renúncia do premier Robert Fico.

Tags:

Bulgária