A presidente Dilma Rousseff (PT), aquela que diziam não gostar de fazer política, vem se especializando em apagar incêndios junto aos aliados. E deu mais uma mostra disso durante a inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), parte do projeto de construção do submarino brasileiro, nesta sexta-feira (1).
Assim que assumiu a palavra ela fez questão de fazer um afago ao governador Sérgio Cabral (PMDB), destacando o valor do aliado. Iniciou o discurso agradecendo ao governador fluminense, "grande parceiro do governo federal". De quebra, não esqueceu de seu vice e candidato a sucessor, o "querido" Luiz Fernando Pezão.
O carinho pouco usual não foi sem motivo. Antes, Cabral já havia tido a palavra e foi o chamado morde e assopra: exaltou os feitos da dupla Lula e Dilma sem, contudo, esquecer de deixar bem claro o quanto sua ajuda foi importante:
"É um orgulho meu e do Pezão por estarmos ao seu lado e de seu governo construindo um novo Brasil", disse a ela Cabral, como a marcar a importância de seu apoio político para a governabilidade petista.
Além disso, os dois conversaram durante toda a cerimônia, em seu primeiro encontro após o arranca rabo entre petistas e peemedebistas do Rio a respeito da eleição para governador em 2014. O assunto do almoço que tiveram ao lado do prefeito Eduardo Paes (PMDB), logo depois, não pode ter sido outro: o efeito Lindbergh na aliança entre a turma de Cabral e Dilma.