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Na conta de Fernando Cavendish

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O advogado João Tancredo, que defende as famílias das seis vítimas fatais na queda do helicóptero que se dirigia ao resort Jacumã, em Trancoso, no sul da Bahia, em junho de 2011, obteve uma informação que considera preciosa. 

Todos estavam em Trancoso para comemorar o aniversário do empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construtora. O deslocamento do Rio de Janeiro para Porto Seguro foi no avião que o empresário Eike Batista  emprestou a pedido do governador Sérgio Cabral, um dos convivas. 

Já o helicóptero que caiu no transcurso para o resort ao levar a primeira leva de convidado, segundo João Tancredo descobriu, foi alugado por Cavendishi. A aeronave saiu do aeroporto de Jacarepaguá, mas antes de prosseguir viagem fez um pouso no heliporto da Lagoa Rodrigo de Freitas. Ali, o piloto inicial do voo deu lugar ao empresário Marcelo Mattoso de Almeida, cuja habilitação estava vencida há seis anos. Foi este o motivo que não o permitiu levantar voo com aeronave em Jacarepaguá, pois ali registra-se os dados do comandante do voo.

A partir desta informação, Tancredo já pensa em incluir o dono da Delta como alvo do processo que move com pedidos de indenização para as famílias das seis vítimas. Até hoje, o polo principal desta ação é o espólio do piloto Marcelo e as empresas que ele deixou de herança para a viúva. Como Cavendish aparece  alugando a aeronave, certamente ele também será acionado para bancar a conta.