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Sabatella diz que protesto de domingo foi convocado por "caluniadores violentos"

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A atriz Letícia Sabatella, que defendeu Dilma Rousseff durante o processo de impedimento de mandato, não foi ontem às ruas protestar. O motivo? "Não iria jamais a uma manifestação convocada pelos ofensivos, caluniadores violentos, com posturas tão absurdas que têm sido esse MBL (Movimento Brasil Livre). Seus líderes não me inspiram nenhuma confiança. Não há compaixão pelo povo brasileiro ali. Esses sabem é fomentar e dividir. Diabólico".

Para Sabatella, os atos de ontem foram orquestrados por conservadores de direita, que apoiam pautas contrárias aos estudantes secundaristas e trabalhadores. Oficialmente, os protestos de domingo reivindicaram a saída de Renan Calheiros da presidência do Senado e a alteração do texto original das medidas contra a corrupção, que passou na Câmara dos Deputados.

A atriz, também sempre alinhada às causas progressistas, se pronunciou sobre a discussão acerca da descriminalização do aborto, que voltou com mais forte à baila: "Eu sou contra o aborto com toda minha alma, mas sou contra a criminalização da mulher quando em uma situação abortiva:(falta de condições: psicológicas, sociais, financeiras), ela não consegue ter disponibilidade para gerar, parir, criar, educar, cuidar, quando a sociedade não oferece segurança material, moral, afetiva pra essa criança ser gerada e bem cuidada. A prevenção ao aborto é de uma sociedade que não seja abortiva. Que não sobrecarregue as mulheres de responsabilidades e permita aos homens tantos abandonos e irresponsabilidades. Por isso, entendo a importância de acolher o sentimento, a problemática de uma mulher gerar um filho, como um foro muito íntimo, ao qual, podemos escutar, compreender, tentar encontrar espaço para refletir com amor, saídas para que a gravidez possa ser aceita com convicção e toda a gama de disponibilidade que ter um filho demanda da mulher, do pai, da família , dos amigos, da sociedade. Sou então, a favor, desta PEC, que não pune a mulher (de baixa renda) que fizer o infeliz aborto".