Confira também o nosso blog.
No dia 10 de outubro, Justin Bieber resolveu desabafar no Twitter sobre o furto de um computador e uma câmera de vídeo que rolou nos bastidores de um show em Washington, nos Estados Unidos. Nos tweets, o cantor lamentava o incidente, a falta de respeito com o próximo e afirmava que os aparelhos continham 'filmagens pessoais'.
Poucas horas depois, começaram a circular na internet supostas fotos do fenômeno pop nu, inclusive com reproduções das tatuagens que ele tem pelo corpo no rapaz fotografado. A veracidade das fotos foi imediatamente negada pelos assessores de Justin, mas pouca gente acreditou, porque uma imagem pode valer mais do que mil palavras (ou 140 caracteres), por mais que as fotos não mostrassem o rosto do rapaz.
Até que, na madrugada dessa sexta-feira (12), Justin liberou o clipe de 'Beauty and a beat', que conta com a participação de Nicki Minaj e é uma das melhores faixas do álbum 'Believe', lançado este ano, que 'alerta' logo nos primeiros segundos: "Em outubro de 2012, três horas de filmagens pessoais foram roubadas do cantor Justin Bieber. A gravação a seguir foi ilegalmente divulgada por um blogueiro anônimo". E pronto, o rapaz que sempre foi alvo dos paparazzi (e chegou até a agredir um deles), dos olhos e câmeras da imprensa mundial conseguiu pregar uma peça em nós com apenas três tweets, um post no Facebook e um segredinho guardado por alguns dias.
"Desde que tinha 14 anos eu tive muitas coisas sendo ditas sobre mim, desde boatos sobre a minha morte, sobre tomar hormônios, coisas sobre a minha família, pessoas dizendo que eu tinha um filho com uma mulher que jamais conheci, fotos em que eu estaria nu, drogas, minha família, meu caráter... Mas hoje, hoje eu tive que entrar nessa", escreveu o cantor, novamente no Twitter, revelando o seu truque, tal qual Mister M fazia no 'Fantástico'.
A estratégia foi simples: se aproveitar da estrutura facilitadora da propagação de notícias que formada pelas redes sociais para pregar uma peça (ou 'dar o troco', como preferir) em quem se apoia nela. É preciso admitir que a ideia foi brilhante, especialmente para nos fazer pensar um pouquinho no sistema que é usado atualmente, reaprender a rir de nós mesmos e nos preparar para mais notícias falsas que têm a imprensa como alvo principal - ou alguém duvida que a tática vai ser reproduzida por muita gente?