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Quinta, 7 de agosto de 2025

Ser pai é padecer... no Z-Festival, com McFly e The Wanted

Fomos descobrir quem eram os ídolos dos pais e acompanhantes do público adolescente

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Elis Regina, que cantava aos quatro ventos que os seus ídolos e os de seus pais ainda eram os mesmos, se decepcionaria ao conversar com o público acima dos 40 que foi acompanhar os filhos adolescentes na primeira noite de shows da edição carioca do Z Festival. Nessa sexta-feira (28), subiram ao palco da HSBC Arena Hot Chelle Rae, Yellowcard, McFly e The Wanted, para delírio do público teen carioca.

Enquanto isso, nos cantinhos, pais pacientes esperavam pelo fim do festival para levarem seus herdeiros de volta para casa – ou para o hotel, acredite. Verônica Farias, de 39 anos, veio de Maceió com a filha, Yasmin, de 16 anos, e a sobrinha, Marina, de 17 anos, especialmente para ver The Wanted e McFly de pertinho. Em sua primeira viagem ao Rio, o trio ainda quer arrumar um tempinho para ver o que a nossa cidade tem de melhor, antes de embarcar de volta para casa, na noite deste sábado (29). 

Daniele Gizoldi, de 36 anos, só volta para Olímpio, no interior de São Paulo, na segunda-feira, e pisará na HSBC Arena novamente no domingo (30), porque Pietra, sua filha de 15 anos a-do-ra Demi Lovato, a principal atração da segunda noite da edição carioca do Z Festival. Mas, quando tinha a idade de sua filha, por quem suspirava e gritava como ela? “Eu amava o A-ha e até fazia parte de um fã clube deles! Comprava revistas com letras e traduções das músicas toda semana, porque a internet não era popular naquela época. E, quando eu tinha uns 15 anos, minha mãe me levou à segunda edição do Rock in Rio, em 1991, para ver o A-ha, assim como eu estou fazendo hoje”, contou Daniele, que conhecia várias músicas do McFly, graças à seleção de hits que Pietra colocou em um pen drive especialmente para tocar no carro da família.

Claudia Couy, de 47 anos, foi outra que precisou mudar a trilha sonora do carro por pressão da filha, Marina, de 13 anos, também fã de McFly. Senão, Claudia estaria ouvindo Rita Lee dia e noite. “Na idade da Marina eu não conhecia muitos artistas internacionais, porque não tínhamos muito acesso às músicas deles, mas era apaixonada pela Rita Lee. Não fiz nenhuma loucura por ela porque meu pai era muito mais bravo do que eu sou com a minha filha”, disse, antes do início do show. Claudia e Daniele, aliás, cantaram todas as estrofes de boa parte das músicas do setlist do McFly juntinho das fãs fervorosas do quarteto britânico. É, vai ver Elis não estava tão errada assim e os ídolos de pais e filhos ainda são os mesmos...

colunaheloisatolipan@gmail.com