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Não adianta. Por mais que os termômetros não sejam nada amigáveis, é do verão carioca que todo mundo gosta. Se der para unir música boa ao clima gostoso de pôr-do-sol tardio, melhor ainda. Para quem não dispensa um line-up musical bem recheado, o Summer Soul Festival foi um prato deliciosamente cheio em um fim de tarde no meio da semana de calor recorde na cidade... em uma arena fechada. Será que o Rio não poderia abrigar a festa (que tem 'verão' no nome) em um lugar mais, digamos, com a cara do verão?
Flávia Alessandra levou sua filha Giulia ao festival para assistir ao show de Bruno Mars, não parou por um minuto e adorou a escolha do cenário. "É do lado da minha casa, né? Sempre venho aos shows que acontecem aqui na HSBC Arena, mas, se pudesse fazer um festival de verão em outro lugar, seria na praia. E não haveria problemas com chuva, porque o réveillon comprovou que ela não desanima ninguém", elegeu. E muita gente colocaria os pés na faixa de areia junto com a atriz: Carol Castro, Vladmir Brichta e Fátima Bernardes, que só fez uma exigência. "Tinha quer na praia da Barra porque é mais perto da minha casa", escolheu, colada na trupe de filhos e amigos dos filhos que levou para o último show da noite. "Olha só a turminha que veio comigo, só posso ter vindo pelo Bruno Mars. Eu escuto tanto as músicas com os meus filhos, que já conheço todas", contou, antes de dançar, super animada, em cada uma das faixas do setlist.
Zeca Camargo entrevistou Florence Welch, que arrasou no palco com a sua Machine, fez uma visitinha ao camarim da ruiva e curtiu cada música do performático show dela. Se pudesse transferir o festival para outro lugar, seria ali entre Ipanema e o Leblon. "Montaria um palco enorme no Jardim de Alah, de costas para a Lagoa. Imagina que lindo ia ser aquele lugar cheio de gente!".
A gritaria generalizada e permanente que tomou conta do show de Bruno Mars não deixou dúvidas de que era o mocinho que todos queriam ver em cima do palco, logo, nada mais natural que ele fosse o headliner (a atração principal) dessa edição. Mas a turma que foi curtir a banda Florence + The Machine achou um tanto estranha a escalação do line-up, que colocou o grupo inglês antes de Seu Jorge e do rapaz Mars. "Os nomes escolhidos causam um pouco de estranheza, mas, por estarmos no meio da semana e todos precisam trabalhar amanhã, achei bom o show da Florence acabar cedo. Vou embora antes do Seu Jorge subir ao palco", disse Patrícia Azevedo, de 26 anos. A estudante Taís Barcia estava contando os dias para a chegada do Summer Soul só para ver a performance da ruiva ao vivo e, se pudesse montar o festival, não incluiria atrações nacionais. "Posso ir a shows de artistas brasileiros sempre, por isso, curto mais festivais só com nomes internacionais", opinou.
A estudante Luiza Fiszon confessou nunca ter ouvido falar em nenhum nome do line-up além de Bruno Mars e Seu Jorge e, se pudesse, faria um festival só com eles, no conforto de um ambiente fechado. "Não dá para ficar ao ar livre no Rio nessa época. O calor é insano", justificou. Pensando bem é melhor não pensar em pular, gritar, cantar e dançar como fizemos sob um calor de 43,8ºC - acredite, essa foi a sensação térmica registrada nessa quarta-feira. Viva o ar condicionado!