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Domingo, 27 de julho de 2025

Afinal, Simple Plan é emo? Com a palavra, os fãs da banda

Tentamos descobrir porque o público do grupo canadense renega o gênero com todas as forças

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Roqueiros, metaleiros, pagodeiros e habitantes da Poplândia, todos têm orgulho do gênero musical do qual são devotos. Mas por onde andam os entusiastas do emo, o gênero musical da discórdia? Pelo menos na plateia enérgica do Simple Plan não estavam, apesar da chuva de lágrimas derramada pelo fãs. "Por mais que o Simple Plan tenha surgido na mesma época que as bandas emo, eles são diferentes porque enxergam o que o público sente e não pensam só em 'cortar os pulsos'", explicou Marcos Vianello, de 17 anos, que chegou ao SWU ao meio-dia para assistir ao show da banda canadense, que começou por volta das onze horas da noite. E quais seriam esses sentimentos do público? "As letras das músicas se assemelham muito com a minha vida sentimental e sempre falam de coisas que já aconteceram comigo", disse. 

A carioca Maura Bonaldo, de 16 anos, foi até Paulínia só para ver o Simple Plan e parecia já estar cansada de ouvir por aí que sua banda favorita é emo. "Acho que essa história de rotular a música é inútil porque cada um faz o seu som. E o Simple Plan faz música pensando nos fãs", elogiou a menina, que pagou R$ 65 a um segurança do palco para levar a palheta usada pelo baixista David Desrosiers de lembrança.

Assim que as luzes do New Stage se acenderam, dando a dica de que o show tinha acabado de vez, Gabriela Caputo, de 22 anos, saiu esbravejando o quão inesquecível tinha sido a apresentação. "Claro que o Simple Plan não é emo! A maior diferença entre eles e as bandas emo é que eles fazem músicas que tentam animar os fãs. As letras não têm nada de 'corta pulso'", justificou a moça, com a expressão mais usada pelos fãs da banda para fazer referência aos grupos emo, cujos fãs assumidos, ainda estamos procurando por aí. 

colunaheloisatolipan@gmail.com