Vasco é dirigido por um presidente inexpressivo e que ninguém queria. Na última eleição, não teria chance alguma, se mantivesse a candidatura. Ao se dar conta disso, desistiu dela e aliou-se a Júlio Brant, o único com possibilidades de impedir, como impediu, mais uma reeleição do ex-deputado que há décadas afunda o clube. Passado o pleito dos sócios, traiu Brant e se aliou ao ex-presidente para assumir o poder, na eleição indireta dos conselheiros. Uma vergonha.
O que houve, na quarta-feira passada, durante o jogo contra o Cruzeiro, e ontem pela manhã, em São Januário, é apenas um dos reflexos desse triste quadro, que vem se refletindo também fora das quatro linhas, onde algumas das facções de torcidas organizadas defendem Brant; outras, o ex-deputado. A Alexandre Campello, o presidente, ninguém apoia.
Ele é visto como um paraquedista traidor que dificilmente terá pulso para comandar o clube, ainda mais agora que rompeu com o aliado Roberto Monteiro e passou a criticar as contas do ex-presidente, que viabilizou o golpe que o elegeu. Em resumo: traiu todos os ex-aliados e sua postura hesitante, sem nem sequer saber direito o que tinha acontecido, retrata perfeitamente esse início claudicante de sua administração.
É neste clima caótico que o time de Zé Ricardo enfrenta o América Mineiro, hoje, em São Januário. Se não ganhar, a panela de pressão explodirá. Pobre Vasco!
Caetano vem aí
A confusão em São Januário causou a demissão do vice-presidente de futebol, Fred Lopes, e aposto que em breve será contratado o executivo de futebol Rodrigo Caetano, amigo pessoal de Campello, que só não foi para São Januário, ao deixar o Flamengo, porque Lopes não gosta dele e defendia Paulo Pelaipe – outro que deve sair agora, com o vice de futebol.
A conferir
Estou especialmente curioso para ver como joga esse zagueiro Nathan, de 27 anos, que o Fluminense contratou, após atuar os últimos dez anos no futebol do Catar. Embora seja brasileiro, ele não chegou a ser profissional por aqui – passou pelas categorias de base do Cruzeiro e do Toledo do Paraná e saiu ao completar 18 anos. A indicação foi de Paulo Autuori, que o conheceu no mundo árabe. Nathan chegou cheio de confiança, falando até em seleção brasileira! Sua história já tem até um precedente: a de Emerson Sheik, que também foi para o exterior muito cedo, ninguém o conhecia, quando veio para o Flamengo, e acabou tricampeão brasileiro (pelo Fla, pelo Flu e pelo Corinthians), campeão da Libertadores e do Mundo.
Alto risco
Precisando começar a somar pontos e praticamente já classificado para a próxima fase da Libertadores, o Cruzeiro deve ser um adversário duríssimo para o Botafogo, amanhã, no Mineirão. Em condições normais de temperatura e pressão será sempre dificílimo bater o time de Mano em BH.
Bola pra mim
LeBron James segue arrasando na quadra e foi graças a ele que o Cleveland Cavaliers abriu 2 a 0 na série contra o Toronto Raptors. Detalhe: os jogos foram no Canadá, casa do adversário. King James arma todas as jogadas, dá assistências perfeitas, pega rebotes e faz um caminhão de pontos – está pulverizando todos os recordes da NBA. Essa postura de faz tudo tem levado até alguns comentaristas a criticá-lo, achando que se não fizesse tantas funções se desgastaria menos e poderia brilhar ainda mais. - Será que o técnico não lhe diz isso? - perguntou o Zé Boquinha, na transmissão da ESPN.
Pode até dizer, mas aí me lembro sempre de uma história que me foi contada pelo Oscar, o “Mão Santa”. Contava ele, sobre as instruções que recebia dos técnicos que teve: - Eu os deixava falar, riscar aquelas jogadas ensaiadas na prancheta e, quando voltávamos para a quadra, dizia: esqueçam isso e bola pra mim!
Que pena!
O acidente sofrido, ontem, por Pietro Fittipaldi, neto de Emerson, durante o treino para uma prova do Mundial de Endurance, em Spa-Francorchamps, impedirá sua participação nas 500 milhas de Indianápolis e também o teste que faria na Fórmula-1, com a Haas, na Hungria. Que pena. O jovem é, no momento, a maior promessa brasileira nas pistas. Pietro teve fraturas nas duas pernas e deverá ficar, no mínimo, oito semanas longe de um cockpit. O acidente foi na lendária Eau Rouge, a mais de 300 km/h. O pai do piloto suspeita de uma pane elétrica, que teria deixado o bólido sem a direção hidráulica e o controle dos freios.
Ridícula insistência
Mais uma vez o Palmeiras foi derrotado nos tribunais, em sua insana tentativa de tentar anular a decisão do Paulistinha, por conta de um pênalti mal marcado e, corretamente, anulado pela arbitragem. Agora, fala em ir até à Fifa. Devia ir a outro lugar, para deixar de defender o indefensável.
Guerrero, já!
Paolo Guerrero já estava treinando e se diz pronto para jogar. Tem de ficar pelo menos no banco, no jogo contra o Internacional, amanhã, no Maracanã. Ele próprio quer recuperar logo o ritmo de jogo, pensando na Copa do Mundo. Não faz o menor sentido ficar postergando sua volta.