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'Deutsche Welle': Queda do avião da Chapecoense mata mais de 70 na Colômbia

Reportagem conta que seis sobrevivem à tragédia, entre eles jogadores e jornalista

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Matéria publicada nesta terça-feira (29) pelo Deutsche Welle conta que um acidente com o avião que transportava a equipe da Chapecoense deixou mais de 70 mortos no início desta madrugada na Colômbia. A aeronave caiu em uma região montanhosa nas proximidades de Medellín, no noroeste do país, por volta da 1h (horário de Brasília). A relação fornecida pelas autoridades colombianas indica que até 81 pessoas poderiam estar a bordo, incluindo 72 passageiros e 9 tripulantes. Os corpos das vítimas ainda estão sendo retirados dos escombros, e cerca de 60 já foram retirados.

O Welle fala que inicialmente, a Polícia Nacional da Colômbia divulgou que havia 76 mortos e cinco sobreviventes. O general José Acevedo, chefe local da Polícia, disse que seis pessoas foram resgatadas com vida, mas uma morreu a caminho do hospital. Depois a Aeronáutica Civil da Colômbia divulgou que há seis sobreviventes. Três pessoas que estão na lista de 72 passageiros não embarcaram. São elas Luciano Boligon, prefeito de Chapecó, Plinio de Nes Filho, presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, e o deputado Gelson Merisio, presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Entre os sobreviventes estão os jogadores brasileiros Alan Ruschel, que deu entrada no hospital da localidade de La Ceja, e Jackson Follmann, disse o diretor da Aeronáutica Civil da Colômbia, Alfredo Bocanegra. Também foi resgatado o jornalista catarinense Rafael Henzel, segundo o bombeiro Fernando Gil, de Itagüí, município da área metropolitana de Medellín, que ajudou nos trabalhos de resgate. Ele está ferido e foi levado ao hospital de La Ceja, mas sua condição é estável, acrescentou. Repórteres brasileiros e colombianos que estão em La Ceja relataram que o zagueiro Neto também sobreviveu e foi levado ao hospital da cidade.

> > Deutsche Welle Viele Tote nach Flugzeugabsturz in Kolumbien

Segundo a imprensa colombiana, o goleiro Danilo foi levado para o Hospital San Vicente de Rionegro, localidade próxima a Medellín, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele estava na lista inicial de sobreviventes. A aeronáutica Civil da Colômbia, informa que também foram resgatados com ferimentos a aeromoça boliviana Ximena Suárez e o tripulante Erwin Tumiri, que deram entrada na Clínica Somer de Rionegro.

Jornalistas e equipe da Chapecoense

Segundo a lista de passageiros, no avião estavam 28 dirigentes, membros da comissão técnica e convidados da equipe, além de 21 jornalistas brasileiros de emissoras de rádio e televisão, como Globo, RBS e Fox. Entre eles estão o comentarista e ex-jogador Mário Sérgio, o repórter Victorino Chermont e o locutor Deva Pascovicci. Segundo o chefe do aeroporto de Viru Viru, Adid Cabrera, a tripulação era boliviana.

A aeronave era da empresa aérea boliviana LaMia e havia sido fretada pelo clube catarinense. O acidente aconteceu na região montanhosa conhecida como El Gordo, perto dos municípios de La Unión e La Ceja, no departamento colombiano de Antioquia.

O avião, um modelo BAE RJ85, da fabricante britânica British Aerospace, partiu-se em três quando o piloto tentou um pouso forçado. Antes, o piloto liberou todo o combustível da aeronave para impedir que ela pegasse fogo ao tocar no solo, um procedimento padrão.

Um repórter colombiano que está no local relatou à Rádio Caracol que não há sinais de incêndio e de explosão. O pouso forçado aconteceu num "pequeno cânion", onde há um campo aberto (potrero) cercado de mata, informou. Ele disse que os sobreviventes foram retirados da fuselagem.

Os trabalhos de resgate, que começaram já de madrugada, foram temporariamente interrompidos por causa da chuva e depois retomados, informou o repórter. Ele disse que havia de sete a oito corpos fora da fuselagem.

A equipe da Chapecoense viajava para Medellín, onde disputaria a primeira das duas partidas finais da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, da Colômbia, nesta quarta-feira. A partida foi suspensa pela Conmebol, bem como todas as atividades da confederação.

Inicialmente, a direção da Chapecoense planejava viajar diretamente de São Paulo, mas foi impedida pela Anac. Assim, decidiu embarcar num voo comercial, duas horas mais tarde, de Cumbica para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Da cidade boliviana, o avião partiu rumo a Medellín.