Em sua primeira entrevista como vice presidente eleito da CBF, o coronel Antônio Nunes disse na tarde desta quarta-feira (16) que "não existe corrupção no futebol brasileiro, nunca vi". Ele acrescentou que jamais soube de algo ilícito no esporte, mas não defendeu o presidente licenciado da entidade, Marco Polo Del Nero, indiciado pelo Departamento de Justiça dos EUA por crimes de corrupção.
"Eu tenho que conhecer primeiro os autos, sou bacharel em Direito e sei que deve ser assim", declarou, sem responder qual teria sido o melhor presidente da CBF - se Ricardo Teixeira, José Maria Marin ou Marco Polo Del Nero.
O dirigente falou com a imprensa como futuro presidente da CBF. Só assume o cargo em caso de renúncia ou de banimento de Del Nero do futebol. Com desenvoltura, no saguão da sede da CBF, ele afirmou que não se importa de ser chamado de coronel, apesar de a diretoria da CBF ter vetado a citação à patente quando houver referência oficial a ele.
"Desde que o tesoureiro do quartel não retire meu título de coronel do contracheque, eu não me importo."