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Recursos do Ministério do Esporte asseguram participação dos atletas no Parapan

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A delegação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) embarcará para os Jogos Parapan-Americanos de Toronto (de 7 a 15 de agosto) por meio de convênio próprio para essa finalidade, firmado com o Ministério do Esporte, no valor de R$ 2,7 milhões. A informação é de Edílson Alves da Rocha, o Tubiba, diretor técnico do CPB.

Mas para chegar às grandes competições, como o Parapan e os Jogos Paralímpicos do Rio 2016, o CPB já conta com outros investimentos do governo federal. Para a preparação de atletas, o Comitê conta com mais de R$ 38 milhões, de convênio assinado com o Ministério do Esporte no fim de 2012 e ainda em vigência.

Além do CPB, os atletas são apoiados, diretamente, pelo Programa Bolsa-Atleta, cuja categoria mais alta é a Bolsa Pódio, com valores que variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. A Bolsa Pódio é voltada para os atletas paralímpicos classificados entre os dez melhores do mundo e com chances de chegar a pódio nos Jogos do Rio 2016.Dos 162 atletas inscritos no Parapan de Toronto, quase metade recebe Bolsa Pódio. São 79 - ou 48,7% do total. "A Bolsa Pódio beneficia um número muito grande de atletas do CPB", diz Manuela Bailão, supervisora técnica. "Faz parte do nosso projeto para o esporte de alto rendimento. E poderíamos ter ainda mais atletas da Bolsa Pódio no Parapan. Acontece que às vezes temos três bolsistas entre os três primeiros do ranking nacional em determinada prova e podemos inscrever no máximo dois". A dirigente ainda destaca que provas ou classes do Parapan não são necessariamente as mesmas dos Jogos Paralímpicos (nos quais se baseia a concessão da Bolsa Pódio).Para os atletas dos esportes paralímpicos, diz Manuela, são fundamentais os benefícios do Programa Bolsa-Atleta, que - além dos contemplados na categoria Bolsa Pódio, tem outros 1.370 inscritos nas categorias Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Paralímpica, no maior projeto de patrocínio individual de atletas em todo o mundo.

O objetivo do CPB para Toronto é "manter a hegemonia na América", como explica a supervisora. Mas as competições do Parapan também servirão como referência para os Jogos do Rio 2016. "Vamos ver como os atletas vão se apresentar e analisar o que podemos corrigir, se for o caso, para melhorar."O CPB trabalha para que, nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, o Brasil termine entre os cinco primeiros países no quadro geral de medalhas. A projeção, para isso, é que a delegação some ao menos 24 ouros - três a mais do que em Londres 2012, quando os brasileiros somaram 21, com mais 14 pratas e oito bronzes - um total de 43 medalhas.Para o CPB, 2013 mostrou a força do país para atingir essa meta. Foi o melhor ano pós-Paralimpíadas na história, com 78 medalhas conquistadas em Mundiais ou competições equivalentes.

Apoio quase exclusivo do governo federal

De acordo com declarações de Andrew Parsons, o presidente do CPB, os recursos para este ciclo olímpico são quase exclusivamente vindos do governo federal. O orçamento do CPB em 2014 foi de cerca de R$ 80 milhões.O CPB tem convênio assinado com o Ministério do Esporte de R$ 38,2 milhões para este ciclo olímpico - cerca de R$ 10 milhões/ano. O patrocínio estatal, da Caixa, alcança R$ 120 milhões para os quatro anos - cerca de R$ 30 milhões/ano. Há ainda recursos das loterias federais, por meio da Lei Agnelo/Piva - o montante projetado para 2015 alcança 40 milhões.

Em 2014, o Programa Bolsa-Atleta recebeu investimentos de R$ 19 milhões do Ministério do Esporte para os 1.370 atletas paraolímpicos. Além deles, os atletas da Bolsa Pódio receberam outros R$ 13,3 milhões referentes ao edital de 2014 (o número de bolsistas, em junho de 2015, é de 84 - 52 homens e 32 mulheres). São 36 do atletismo, 4 da bocha, 2 da canoagem, 3 do ciclismo, 1 da esgrima, 4 do halterofilismo, 6 do judô, 19 da natação, 2 do remo, 5 do tênis de mesa, 1 do tiro esportivo e 1 do triatlo.Nos esportes coletivos, os atletas são beneficiados por meio do Plano Brasil Medalhas. São 12 do golbol, 12 do futebol de 5, 14 do futebol de 7 e mais 22 do vôlei sentado.A Caixa começou a patrocinar o CPB, depois que o Brasil foi 24º no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos de Sydney 2000. A partir daí, a evolução foi expressiva. Em Atenas 2004, o país já subiu para 14º, pulando para 9º colocado em Pequim 2008 e 7º em Londres 2012.