Em meio à pressão de três jogos seguidos sem vitória nem gol e à preparação para enfrentar o Corinthians no domingo, em Itaquera, o Palmeiras ainda tenta administrar os prejuízos da bronca dada pelo diretor de futebol Alexandre Mattos diante da imprensa, na segunda-feira. A exposição na reunião não agradou aos jogadores, e Oswaldo de Oliveira busca retomar o ambiente para voltar a vencer.
Nesta quinta-feira, dia seguinte ao 0 a 0 com o ASA que fez a torcida pedir a saída do técnico, Oswaldo fez questão de chamar quem já estava no campo para uma conversa a portas fechadas. Alexandre Mattos e o gerente de futebol Cícero Souza acompanharam parte do papo, e ouviram o treinador pouco fazer cobranças. O intuito da reunião era passar confiança ao time que, há menos de um mês, perdeu o Paulista nos pênaltis.
A justificativa para a reunião diante da imprensa na segunda-feira foi a de que os atletas já estavam no campo e não poderiam voltar. Mas esse mesmo problema não impediu Oswaldo de convidar a todos para uma conversa de meia nas dependências internas da Academia de Futebol nessa quinta-feira. E o técnico assumiu publicamente não ter gostado da exposição de seu elenco no início da semana, alertando que os mais experientes concordam com ele nesse sentido.
"Ninguém gosta de ser cobrado, mas temos que entender que o momento não é bom e alguma coisa precisa ser feita. Cada um tem sua função e faz o seu trabalho, na sua área, na sua hierarquia", comentou Fernando Prass, admitindo acatar ordens, exatamente como os jogadores encararam a bronca sob câmeras na segunda-feira.
"Precisamos de muita tranquilidade e entender que a cobrança em time grande será sempre muito forte. É óbvio que teve a cobrança, nos chamaram a responsabilidade, que temos que render mais, mas nada de anormal. Nada que aconteceu no Palmeiras não acontece em outro clube", minimizou Prass.
"Foi ali na frente de todos porque tomaram a decisão em cima da hora, acho que nem pensaram muito nisso. Os resultados não estão vindo e é normal que aconteça a cobrança. O Alexandre e o Cícero fizeram isso e assimilamos muito bem. Cabe a nós mudar a fase", simplificou o zagueiro Jackson.