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Após massacre em Joinville, Aldo fala em criação de delegacia especial

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O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, voltou a comentar o massacre ocorrido neste domingo em Joinville, quando dezenas de torcedores entraram em conflito nas arquibancadas do jogo entre Atlético-PR e Vasco, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Para cumprir o estatuto do torcedor e brigar contra a impunidade a partir de agora, Rebelo falou na criação de uma delegacia especial para crimes ocorridos em estádios.

"Quando os responsáveis por atos de violência começarem a ser punidos e presos em flagrante, aí nós começamos a encontrar uma solução à violência. O estatuto do torcedor prevê todas as penas para a prática de violência no estádio. Ontem tivemos a prisão de três torcedores quando pelas cenas nós rapidamente pudemos concluir que dezenas deveriam ter sido presos", analisou o ministro nesta segunda-feira, em vistoria na Arena Corinthians.

"Quem sabe a existência de uma delegacia especial para violência nos estádios, um juizado que dê a sentença na hora, para assim quem faz isso seja preso na hora. O Ministério do Esporte e o governo federal não controlam essas ações, o poder judiciário não tem autonomia para criar esses juizados, e uma colaboração maior entre os responsáveis pelo mando dos jogos e o poder judiciário seria ideal", acrescentou.

Neste domingo, dezenas de torcedores atleticanos e vascaínos iniciaram briga generalizada nas arquibancadas de Joinville que paralisou o jogo entre os dois clubes por mais de uma hora. A confusão deixou diversos feridos, sendo que três deles foram hospitalizados - um ainda segue internado. A guerra entre as torcidas repercutiu pelo mundo, virando manchete em portais de notícias e jornais de países como Espanha, Argentina, Itália e Inglaterra.

Uma das principais críticas populares foi quanto à falta de policiamento no confronto deste domingo, já que apenas segurança privada foi colocada nos arredores da Arena Joinville. O duelo acabou com goleada de 5 a 1 do Atlético-PR, em resultado que mandou o Vasco para a Série B do Campeonato Brasileiro e levou o clube rubro-negro à Copa Libertadores da próxima temporada.

"Primeiro vou destacar que é uma minoria de torcedores que promove atos de violência. A imensa maioria não pratica atos de violência. É evidente que a ausência de um destacamento policial militar fardado é um fator que facilita a ação dos torcedores violentos. É preciso haver esse entendimento por parte dos clubes e organizadores sobre presença dos policiais no estádio. O que o comando da PM de Santa Catarina informou é que a ação contra a PM no estádio foi a opinião de um setor do Ministério Público, que impediu de colocar tropa no estádio", explicou Rebelo.