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Bate-boca marca votação sobre poder da FIFA na Copa

Lei Geral da Copa promete muita polêmica

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A nova votação sobre a Lei Geral da Copa no Estado do Rio de Janeiro, o PL 1858/2012, promete muita polêmica, principalmente devido à questão da venda de bebidas alcoólicas e à meia entrada de estudantes e idosos nos jogos da Copa das Confederações.

Representantes do Movimento O Maraca é Nosso, além de índios da Aldeia Maracanã e representantes da Escola Municipal Friedenreich, que fica dentro das dependências do Maracanã, estão no plenário.

A oposição ao projeto é encabeçada pelos deputados Marcelo Freixo(PSOL), Clarissa Garotinho(PR) e o deputado Luiz Paulo(PSDB). Todos criticam a soberania da FIFA sobre o Estado do Rio de Janeiro.

Duas emendas ao projeto original foram rejeitadas pelos 49 votantes na casa: a emenda nº 2, que retirava a autorização do Governo Estadual para venda de bebidas alcoólicas no Maracanã, e a emenda supressiva nº 4, que dizia que os critérios sobre o comércio a menos de mil metros do entorno do Maracanã seriam definidos exclusivamente pela FIFA. As duas emendas são de autoria do deputado Luiz Paulo.

O placar na emenda nº 2 foi de 26 votos contra e 23 a favor, enquanto da emenda nº 4, de 32 contra e 15 a favor, quando dois deputados já haviam deixado a casa. Um deles era Bebeto, membro do Comitê da Copa no Rio de Janeiro.

Uma vitória, porém, foi alcançada pela oposição: o acréscimo de um percentual de ingressos destinados aos deficientes físicos, incluso na Lei Geral encaminhada pelo Governo Federal.

Cidinha discute com manifestantes

A deputada Cidinha Campos(PDT) deu seu voto sobre a emenda referente à bebida alcoólica lembrando o compromisso firmado com a FIFA: "Todos sabíamos que a FIFA tem entre seus patrocinadores uma marca de cerveja. Impedir a venda de bebida alcoólica é impedir a realização da Copa. Portanto, voto contra", bradou deputada, no que foi vaiada pelos manifestantes, que a chamaram de "vendida".

Cidinha retrucou com veemência: "Vendidos são vocês, por 50 reais para estar aqui. Vocês já comeram hoje?", ironizou a deputada, muito vaiada."Se tivesse um bafômetro aqui, o presidente teria que suspender a sessão", polemizou ela.

André Corrêa(PSD), lider do governo na Câmara, foi sucinto em sua explicação para o voto contrário à emenda: "Quem quer a Copa vota não. Quem não quer vota sim", simplificou.