Se não conseguiu sair com a vitória do UFC 152, disputado no Air Canada Center, em Ontario, no Canadá, o lutador brasileiro Vitor Belfort ao menos conseguiu algo poucos competidores alcançaram: fazer o grande campeão Jon Jones sentir dor e temor. O próprio dono do cinturão dos meio-pesados confirmou o fato após a luta, ainda no octógono.
"Nunca senti isso, nunca haviam puxado tanto meu braço. Eu tentei muito sair. Senti que iria quebrar, mas não iria desistir. Trabalhei muito para chegar ali. Eu não daria o tapínha para desistir", afirmou, em referência a um golpe de Belfort ainda no primeiro round.
O americano comentou também sobre as adversidades que tem enfrentado recentemente - foi flagrado dirigindo embriagado nos Estados Unidos e recebeu muitas críticas por ter recusado uma luta contra Chael Sonnen. Ambas as situações derrubaram seu apoio popular, como visto na torcida canadense, que ficou ao lado de Belfort.
"Tenho muitos mentores na minha vida, minha namorada disse para me sentir agradecido pelas adversidades. É uma oportunidade para crescer", discursou Jones, que pretende recuperar o status de ídolo com vitórias no octógono.
Já Vitor Belfort preferiu, após o combate, exaltar o adversário e agradecer pela oportunidade de ter enfrentado Jon Jones. "Isso é porque ele é um campeão, obrigado a todos vocês, são a razão por eu estar aqui. Não tenho medo de nada. Eu respeito ele como campeão, essa noite ele foi melhor, lutou melhor e mereceu. Valeu Brasil, amo vocês, mas dessa vez não foi", lamentou o lutador brasileiro.