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Mano volta a criticar "clubismo" brasileiro

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O técnico Mano Menezes mais uma vez aproveitou os insultos do povo goiano no final da partida desta quarta-feira, que terminou com triunfo da Seleção Brasileira por 2 a 1 contra a Argentina, para criticar a postura do torcedor do país. Apesar de ter dito que os fãs de Goiânia apoiaram do começo ao fim do duelo, o treinador entrou novamente na questão do "clubismo" ocorrido nos centros com rivalidade entre clubes do Brasil.

"Sei que vitórias interferem nesse rendimento. Penso em trabalhar isso internamente, mas acho que algumas questões estão extrapolando o limite. Não vai ajudar em nada a Seleção isso, se tira de campo jogador de determinado clube se intensificam os 'elogios animais', relativos à fauna. Também não vou deixar de fazer algo por esse, aquele ou em função de uma camisa", definiu Mano.

O treinador ainda aproveitou para citar o exemplo da Espanha, atual campeã do mundo e bicampeã da Europa, que superou traumas antigos - como rixas territoriais e clubismo entre seus dois maiores clubes, o Barcelona e o Real Madrid - para, enfim, triunfar no futebol do planeta, depois de décadas e décadas de fracassos. Mano usou o clube de Madri, aliás, como exemplo para a torcida brasileira.

"Internamente fizemos comentários de como é bonito ver a torcida do Real Madrid batendo palmas pelo Xavi, mesmo com toda a rivalidade com o Barcelona. Isso se deve ao fato de que a seleção espanhola está acima de qualquer coisa. E olha que lá existem brigas políticas consideráveis com a Catalunha", continuou o treinador, que foi chamado de "burro" pelo torcedor de Goiás. Por isso, Mano explicou a montagem de sua equipe.

"Montar um time novo na segunda-feira te dá a possibilidade de trabalhar apenas 20min. Sei que existem aqueles que sabem que no futebol não existe esse milagre. Foi uma vitória hoje, mas poderíamos ter conseguido essa vitória de uma maneira mais consistente. Além disso, o primeiro jogo tem influência direta no segundo, a única coisa que me referi foram algumas referências", declarou.

O Brasil de Mano Menezes ainda entrará em campo mais três vezes nos próximos dias. Primeiro, a Seleção viaja à Argentina para encarar novamente seu arquirrival, em confronto de volta pelo Superclássico das Américas marcado para 3 de outubro. Depois, a equipe verde e amarela viaja para a Suécia, onde encara o Iraque, e para a Polônia, com o Japão como rival. Mano, por sua vez, novamente comentou das críticas do 8 a 0 contra a China.

"No Brasil não é possível que tudo tenha que se discutir. Não é possível que um 8 a 0 seja tão ruim e capaz de levantar tantas discussões. Não estou me referindo a qualquer outra coisa, não defendo amistoso de nível nenhum e apenas disse que 8 a 0 não pode ser ruim, ou está tudo errado no futebol", finalizou o comandante da Seleção Brasileira, contrariado com a intensa pressão em cima de seu trabalho.