Jogador que se consagrou com a camisa do Santos, Pelé torcerá para o Corinthians ser campeão da Copa Libertadores da América. Embaixador da Santander, patrocinadora da competição, ele reforçou o apoio ao time alvinegro e o justificou por ser ¿brasileiro¿. Por outro lado, o ex-jogador descartou a existência de um favorito na segunda partida da final, marcada para começar às 21h50 (de Brasília) desta quarta-feira, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
"Eu não tenho favorito, mas como brasileiro quero que o Corinthians ganhe. É claro, eu sou brasileiro", disse Pelé, rindo. Neste momento, ocupavam a mesa de entrevistas em uma das sedes do banco, na zona sul de São Paulo, o vice-presidente do Boca Juniors, Oscar Moriello, que sorriu. Os presidentes do Corinthians, Mario Gobbi, e da Conmebol, Nicolás Leoz, também estavam presentes no evento.
"Acho que não tem receita pra um jogo com esse. O Corinthians tem que jogar o futebol que está jogando e não querer mudar nada¿, continuou Pelé. Ele lembrou que, pelo Santos, foi campeão da Libertadores de 1963 superando o Boca Juniors porque a equipe praiana adotou exatamente essa tática ¿ venceu ambas as partidas daquela decisão, sendo por 3 a 2 no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, e por 2 a 1 na Bombonera, em Buenos Aires.
Naquela época o Santos jogava futebol e não mudava nada, ia jogar com a fama do time do Boca e fazia o nosso jogo. No futebol infelizmente nem sempre ganha o melhor. Nesta partida espero que seja uma excelente exibição de futebol e que vence o que jogar melhor, completou.
Pelé diz que não entregará taça ao campeão de 2012:
Torcedor declarado do Corinthians pelo menos desta vez, Pelé disse que não teria nenhum problema em participar da festa de um eventual título do clube nesta quarta como fez em 2011, quando inclusive deu uma volta olímpica no Pacaembu ao lado do técnico Muricy Ramalho, campeão pelo Santos diante do Peñarol.
Porém, o Atleta do Século declarou que isso não será possível. Olha, por coincidência hoje (quarta-feira) estou dispensado de estar no campo, afirmou, quando questionado sobre o assunto. A diretoria do Santander não sabia quem ia para a final, não sabia nem se estaríamos aqui, minha família chegou de Orlando, meus filhos e devo assistir (ao jogo), mas não devo entrar em campo. Se estivesse no campo e me dessem o prazer de entregar a taça, claro que faria.