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Imprensa alemã critica Schumacher após acidente com Bruno Senna 

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A fase de Michael Schumacher claramente não é das melhores. Com apenas dois pontos conquistados e três abandonos em cinco corridas, o alemão foi duramente criticado pela imprensa do seu país, após o acidente envolvendo o brasileiro Bruno Senna.

Na 14ª volta do GP de Barcelona, Senna antecipou uma freada e foi atingido por Schumacher, que saiu revoltado com o brasileiro e o chamou de "idiota". Para os alemães, no entanto, a culpa foi do piloto da Mercedes. Segundo a edição online do jornal Der Spiegel, "o piloto de 43 anos busca refúgio em declarações estranhas e culpa os outros pela sua fase ruim".

Niki Lauda, em entrevista à edição online do Bild, também definiu o culpado pelo ocorrido, dizendo que, por ter batido na traseira da Williams, Schumacher "claramente" foi o culpado. Vale ressaltar que, mesmo com os protestos, Schumacher é que foi punido pelos comissários da prova, que deram uma penalidade de cinco colocações na largada da próxima corrida, em Mônaco.

Bruno Senna, insultado, também não gostou e retrucou o alemão. Segundo o Bild, o brasileiro disse que "ele não deveria ter me chamado de idiota" e que foi obrigado a "antecipar a freada por conta dos seus pneus desgastados". O paulista ainda complementou apontando que "Schumacher tem experiência suficiente para evitar o acidente".

Há alguns dias, o piloto alemão fez também duras críticas aos pneus, fabricados pela Pirelli. O diretor de esportes da empresa, Paul Hembery, entretanto, rebateu, dizendo que os pneus foram fabricados conforme exigido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

E para piorar, o outro piloto da Mercedes, Nico Rosberg, está lidando bem com os pneus, sem ultrapassar seus limites. Ao jornal Der Spiegel, um engenheiro da escuderia alemã - não identificado - disse que "Schumacher tem seu estilo de condução agressivo, acima do limite dos pneus" e, por isso, "acaba perdendo tempo para Nico".

O futuro de Michael Schumacher, entretanto, pode não ser tão nebuloso quanto parece. Segundo Der Spiegel, "a equipe Mercedes tem um grande potencial de desenvolvimento". Um primeiro pacote foi testado em Mugello com sucesso, incluindo uma nova transmissão. Em geral, diz o jornal, a Mercedes promete os novos desenvolvimentos para ganhar tempo por oito décimos de segundo por volta.

Mesmo assim, uma segunda saída da Fórmula 1 ainda não está descartada. Segundo o CEO da Mercedes, Dieter Zetsche, a porta está aberta. Zetsche deixou claro, há algumas semanas em uma reunião de acionistas da empresa, que o "contrato de Michael Schumacher termina no final desta temporada". Zetsche afirmou que a permanência do piloto está assegurada neste ano e que, depois, haverá uma reunião para "ver, de ambos os lados, quais são os interesses" para o futuro.