Agência Brasil
SÃO PAULO - A tyrês dias do início do campeonato paulista, o promotor Paulo Castilho, do Juizado Criminal Especial em São Paulo, pediu a representantes das maiores torcidas organizadas do estado paz nos estádios. - Vocês devem proibir cânticos que incentivem a violência ou ofensa. A rivalidade deve acontecer apenas no campo, não fora dele - alertou o promotor.
Para a delegada Margareth Barreto, titular da Delegacia de Crimes Raciais e Intolerância (Decradi), as torcidas devem punir os membros que se envolvem em casos violentos. - O Poder Público conhece os agentes da violência, todos respondem a inquéritos nas delegacias e só não são punidos por falta de legislação - explicou.
Segundo Paulo Castilho, as torcidas não são as únicas responsáveis pela violência nos estádios e fora deles: 'Os jogadores, por exemplo, podem contribuir evitando dar declarações polêmicas e não provocar as torcidas adversárias quando fazem um gol, por exemplo'.
O promotor destacou a importância de um trabalho social com os torcedores, principalmente os mais jovens. - Queremos desenvolver um trabalho com a torcida jovem, ensinar as crianças como se comportar nos estádios - disse.
Castilho destacou ainda a importância da criação de um cadastro nacional de torcedores, para o controle de quem entra nos estádios e, assim, a redução da violência.
- Também espero até o fim deste semestre a lei que vai classificar como crime de perigo os que entram com vidros, ferros e pedras nas arenas - completou.