Jornal do Brasil
MONZA, ITÁLIA - No que parece ser uma tentativa de desviar o foco das acusações que tem sofrido, Flavio Briatore, o chefe da equipe Renault, reuniu jornalistas, nesta sexta-feira, no circuito de Monza, e atacou Nelson e Nelsinho Piquet.
Piquet (o pai) sempre gostou de criar confusão e atacar os outros, começando por Senna ou pela mulher de Mansell. Ele sempre fez isso.
Sobre Nelsinho, Briatore falou mais. E ainda insinuou um suposto caso homossexual do filho de Nelson Piquet.
Nelsinho é um menino mimado que sempre correu por sua própria equipe e teve o pai lhe dando os melhores carros. Depois, chegou a uma competição de verdade e perdeu a cabeça afirmou o dirigente. Ele (Nelsinho) me acusou também de ter rompido uma relação dele com um amigo seu. Eu não gosto de ser acusado sem razão. Fiz isso porque o pai dele (Nelson) havia me pedido. Nelsinho vivia com este senhor de 50 anos, não se sabia que relação eles tinham e o pai estava preocupado com isso. Ele pediu para interferir. Eu proibi este homem de vir às corridas e transferi Nelsinho de Oxford para Londres, para o prédio onde eu vivo, para tê-lo sob controle. Foi um pedido do pai e Nelsinho agora me acusa de ter lhe tirado até mesmo os amigos.
De acordo com o site Tazio, o amigo de Nelsinho se chamaria Marc Cavezzale, um inglês que apoiava Nelsinho desde a época da Fórmula 3 e seria uma espécie de pai britânico do piloto. Ainda segundo o Tazio, Nelson Piquet teria tido desavenças com Cavezzale, mas a causa não seria Nelsinho Piquet.
Mais uma vez, Briatore, assim com fez com a carta enviada à revista Autosport, fez questão de se defender das acusações.
Eu tenho certeza que não somos culpados de nada do que fomos acusados. O que aconteceu hoje é um dano a todo o esporte. Antes de um julgamento, fazer vazar alguns tipos de notícia é algo muito feio declarou o italiano, no circuito de Monza. Se eu disser para você assaltar um banco, depois você vai decidir se vai roubar ou não. Não sinto que eu tenha alguma responsabilidade, e nós achamos que não fizemos nada de errado.
Ele ainda revelou detalhes do contrato de Nelsinho.
Em 2008, Nelson ganhava US$ 1,5 milhão por ano. Eu renovei o contrato com US$ 1 milhão. E coloquei uma cláusula dizendo que, se ele não tivesse uma boa performance, ele estaria fora no GP da Alemanha.