Jornal do Brasil
RIO DE JANEIRO - O casamento de Fernando Henrique com o Fluminense está perto do divórcio. Barrado em razão de uma briga política envolvendo o presidente do clube, Roberto Horcades, e o patrocinador, o goleiro, titular absoluto há três temporadas, perdeu a posição para Ricardo Berna. Fernando tem evitado polemizar sobre o assunto, mas seu procurador, Richard Alda, diz abertamente que o futuro de FH nas Laranjeiras é incerto.
Fernando Henrique é cria das divisões de base do clube, em Xerém. Está no elenco profissional desde 2002 e em 2008 foi um dos destaques do Fluminense na campanha do vice-campeonato tricolor na Taça Libertadores. Este ano vinha mantendo o bom aproveitamento, com defesas difíceis e arrojadas.
Para Alda, é hora de o goleiro procurar dar sequência à carreira longe das Laranjeiras.
Fernando saiu do time do dia para a noite por causa de uma briga política. Agora estamos trabalhando para ver se o colocamos em outro lugar se for preciso desabafou o procurador, em entrevista à Rádio Brasil. Vai que amanhã muda a política do clube? O presidente Roberto Horcades deixou claro que há uma mágoa da Unimed (patrocinadora) e o Fernando está sendo usado nesta briga política.
O início da derrocada de FH se deu no lamentável episódio da invasão de torcedores ao primeiro treino nas Laranjeiras após a goleada de 4 a 1 imposta pelo Santos. O apoiador Diguinho foi agredido e um segurança, amigo do goleiro, deu dois disparos para o alto. Os ânimos se acalmaram, mas, no dia seguinte, Fernando deu entrevistas criticando a segurança do clube e elogiando a atitude do amigo segurança.
A direção do clube decidiu afastá-lo por um jogo, sob a promessa de que, segundo o goleiro, na partida seguinte ele voltaria ao gol tricolor. Ricardo Berna teve boa atuação e com isso Parreira optou por manter na equipe o antigo reserva de FH.
A barração, no entanto, se deu por divergências políticas. Horcades, que não gosta do goleiro, mandou tirá-lo do time, numa provocação ao patrocinador. Ironicamente, Fernando acabara de renovar contrato por mais três anos.
É muita incoerência renovar com um jogador e depois dizer que ele não tem condições de ser titular disse o procurador.