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Ron Dennis anuncia saída da Fórmula 1

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Agência AFP

PARIS - Um dos mais conhecidos dirigentes da Fórmula 1, Ron Dennis anunciou nesta quinta-feira a sua saída da categoria. Ele já tinha deixado as atividades na pista em 16 de janeiro, quando a equipe McLaren anunciou o seu modelo para a temporada 2009. Na ocasião, porém, Dennis apenas trocaria de cargo com Martin Whitmarsh, então chefe-executivo da escuderia.

Hoje, o inglês anunciou o seu afastamento definitivo das operações de Fórmula 1. Ele assumirá um cargo na linha de carros esportivos que a McLaren pretende lançar em 2011.

Dennis foi chefe da McLaren por 28 anos e tinha também parte das ações da equipe. Com ele, a McLaren tornou-se uma das maiores potências da história da Fórmula 1, conquistou sete de seus oito títulos de construtores e fez 10 vezes o piloto campeão da temporada.

Sob o comando do dirigente, a equipe inglesa celebrou as conquistas de Niki Lauda (1984), Alain Prost (1985, 1986 e 1989), Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991), Mika Hakkinen (1998 e 1999) e Lewis Hamilton (2008).

Porém, nos últimos anos, Dennis enfrentou uma série de escândalos com a McLaren. Em 2007, ele foi acusado de participar do ato de espionagem feito aos carros da Ferrari, mas posteriormente uma investigação mostrou que ele não tinha envolvimento direto, porém a McLaren teve cassado o título de construtores.

No ano passado, o dirigente pôde celebrar o título de Hamilton, piloto em que fez um investimento pessoal nos anos 90 e viu tornar-se o mais jovem piloto a vencer a Fórmula 1. Entretanto, em 2009, a polêmica envolvendo o atual campeão manchou mais a imagem de Dennis. Hamilton admitiu ter mentido aos comissários do GP da Austrália sobre seu incidente com Jarno Trulli, após receber instrução de Dave Ryan, então diretor esportivo da equipe, que acabou demitido pelo escândalo.

Nos bastidores, cogita-se que a saída de Dennis da Fórmula 1 faz parte de uma estratégia para evitar uma punição maior a Hamilton, já que a FIA divulgou que pode até excluir o inglês da temporada em virtude do escândalo em Melbourne. Questionado sobre os motivos da demissão, Dennis foi sucinto. "Foi minha decisão", disse.