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MANCHESTER - A Bola de Ouro da revista France Football e a premiação da FIFPro - a Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol - já haviam indicado Cristiano Ronaldo como o melhor da última temporada. Nesta segunda-feira, o anúncio da Fifa em Zurique, na Suíça, só confirmou.
Com um 2008 recheado de títulos, gols e recordes quebrados, o meia-atacante português transformou a eleição em barbada e se colocou definitivamente na galeria dos grandes craques da história do futebol.
Entre os títulos, Cristiano Ronaldo foi superior a todos os seus concorrentes. No Campeonato Inglês, conquistou com o Manchester United o bi, desbancando Chelsea e Arsenal na reta final em uma disputa acirrada.
Na Copa dos Campeões, ajudou a recolocar o Manchester no topo da Europa após nove anos, superando Lyon, Roma, Barcelona e novamente o Chelsea, em uma campanha invicta e absoluta. Já em dezembro, no Japão, espantou a zebra chamada LDU e levantou o título do Mundial de Clubes.
Os títulos conquistados pelo time inglês foram pavimentados com muitos gols de Cristiano Ronaldo. Ao longo de toda a temporada 2007/08, que é na prática o que acaba contando para eleger o melhor de 2008, o craque português foi quem mais soube encontrar o caminho das redes.
Vencedor da Chuteira de Ouro - prêmio entregue ao maior artilheiro da Europa -, Cristiano Ronaldo anotou incríveis 42 gols e ainda levou a artilharia do Campeonato Inglês e da Copa dos Campeões.
No Inglês, além de ter levado a artilharia, Cristiano Ronaldo também bateu recordes. Os 31 gols anotados em 34 jogos no torneio representam o melhor índice da história para um meio-campista.
Além disso, os 42 gols marcados no total transformaram o português no terceiro maior artilheiro de todos os tempos do Manchester United em uma só temporada, perdendo apenas para Ruud van Nistelrooy, que fez 44 gols em 2003/04, e Dennis Law, autor de 46 em 1963/64.
Há, contudo, um personagem importante na eleição do português. Trata-se de John Terry, zagueiro do Chelsea, que ao perder a cobrança decisiva na disputa por pênaltis na final da Copa dos Campeões, salvou o rival, que acabara de desperdiçar o seu após uma paradinha mal sucedida. Na seqüência, o Manchester virou a série e privou Cristiano Ronaldo de deixar Moscou, sede da decisão, como vilão.
Uma Eurocopa irregular também marcou a temporada do meia-atacante. Envolvido por um forte assédio do Real Madrid, da Espanha, disposto a tirá-lo do Manchester por qualquer preço, Cristiano Ronaldo passou sem destaque pela competição de seleções, mas mesmo assim não viu isso abalar seu prestígio na briga pelo título de melhor do ano.
Na competição, Portugal foi até as quartas-de-final, e o melhor do mundo em 2008 anotou apenas um gol, na primeira fase, contra a República Checa.
A eleição de Ronaldo, apenas 23 anos, o coloca ao lado de Luis Figo, outro português a ter levado o prêmio, em 2001. Uma conquista recheada por gols, títulos, recordes e um caráter próximo da unanimidade.