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Duelo opõe organização do Brasil ao talento individual de Messi

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Brasil chegou às semifinais da Copa América com um time bem organizado, ainda que lhe falte criatividade em alguns momentos, e uma defesa sólida, que não levou gol até aqui. Organização não é o forte da Argentina, com trocas incessantes na escalação, mas o time conta com Lionel Messi, reverenciado até pelos rivais.

"É o maior jogador da história", disse o zagueiro Thiago Silva, que se apresentou como "um dos responsáveis" por tentar freá-lo no confronto marcado para as 21h30 (de Brasília) desta terça-feira (2), em Belo Horizonte. "Um dos" porque, parar o craque argentino, mesmo aos 32 anos, não é tarefa para um homem só.

O plano do Brasil é evitar que a bola chegue limpa ao atacante e ter ao menos dois marcadores perto dele quando houver o domínio.

Um bom retrato da partida, já que a aposta da seleção verde-amarela é no jogo coletivo contra a força individual do camisa 10 argentino -que, por sinal, nem faz grande competição, mas continua merecendo enorme respeito dos seus adversários.

"Não está sendo minha melhor Copa América, a que eu esperava. Mas não se pode jogar muito para atacar, fazer algo diferente. Os times têm muita gente no meio-campo", afirmou Messi, que se tornou o maior porta-voz das reclamações sobre os gramados brasileiros, outro obstáculo para o seu futebol. "A bola quica como um coelho", disse.

Pela posição em que vem jogando o atleta do Barcelona na seleção argentina, Casemiro, de volta após cumprir de suspensão, deverá ser seu principal marcador. Mas nem só de marcação viverá a equipe brasileira, que precisa criar para evitar novo sufoco como o observado nas quartas de final, com vitória nos pênaltis sobre o Paraguai após empate sem gols.

Nessa tarefa, o técnico Tite não conta com aquela que seria a versão verde-amarela de Messi. Considerado "top 3" do mundo pelo comandante, Neymar machucou o tornozelo direito durante a preparação para a Copa América e foi cortado da competição.

Everton assumiu sua vaga e tem se saído bem, porém o Brasil vem encontrando dificuldades contra adversários fechados. A expectativa agora é que haja mais espaço diante de um oponente tradicional, que deve buscar também o ataque e não se retrancar à espera de eventuais contragolpes.

"Não acredito que a Argentina venha para se defender. Eles têm jogadores de qualidade que atacam muito. O jogo assim rende mais", disse o atacante Gabriel Jesus, que terá pela frente o zagueiro Otamendi, seu colega no City.

BRASIL

Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro (F. Luís); Casemiro e Arthur; Gabriel Jesus, P. Coutinho e Everton; Firmino. T.: Tite

ARGENTINA

Armani; Foyth, Pezzella, Otamendi e Tagliafico; De Paul, Paredes e Acuña; Messi, Lautaro Martínez e Aguero (Di María). T.: Lionel Scaloni

Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Horário: 21h30

Árbitro: Roddy Zambrano (EQU)

Assistentes: Christian Lescano (EQU) e Byron Romero (EQU)

VAR: Leodan González (URU)

Na TV: Globo e Sportv

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