SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Favorito? Não é assim que Edinson Cavani trata a seleção uruguaia mesmo depois da goleada por 4 a 0 sobre o Equador, na noite de domingo (16), no Mineirão, pela estreia da fase de grupos da Copa América 2019.
Mesmo que os comandados de Tabárez tenham conquistado a maior vitória do torneio na primeira rodada da fase de grupos, Cavani diz que o favoritismo é algo visto somente fora da delegação uruguaia.
"É preciso pensar um pouco quando se coloca alguém na condição de favorito. Nós temos que seguir com a cabeça sempre bem, sabendo o que temos que fazer e com os pés no chão. As pessoas que falem que somos favoritos, não pode sair do grupo", declarou.
O tema favoritismo seguiu no decorrer da entrevista de Cavani. O craque do Paris Saint-Germain citou o histórico do Uruguai, maior campeão do torneio com 15 conquistas, para justificar a pressão externa. Mas reforçou que o grupo de Óscar Tabárez não vê desta forma: "muitas vezes na história, nos dizem que o Uruguai é a equipe que mais venceu Copa América. E não podemos parar com isso, é a história que marca. Só temos que estar com os pés no chão, o que precisamos fazer, temos que defender a entidade e buscar coisas importantes. Depois, que os jornalistas e as pessoas digam que somos favoritos. Nós controlamos a nossa mentalidade", comentou.
Embora seja o maior vencedor da Copa América na história, o Uruguai não vence o torneio desde 2011, quando bateu o Paraguai na decisão. O torneio, à época, era disputado inclusive na Argentina. Antes disso, o último título da Celeste aconteceu em 1995.