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Eliminatórias: Brasil x Argentina, no dia 21 de novembro, será no Maracanã
Por Gabriel Mansur
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Publicado em 07/10/2023 às 12:19
Manaus e Brasília, além de São Paulo correndo por fora, eram as cidades favoritas para sediar, em 21 de novembro, o maior clássico da América do Sul, Brasil x Argentina, pela sexta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Todas as concorrentes ficaram na vontade. Nesta sexta-feira (6), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, de forma surpreendente, que o confronto será disputado no Maracanã, às 21h30, no Rio de Janeiro.
A seleção brasileira volta ao palco do futebol após pouco mais de um ano. Em 24 de março de 2022, o time então comandado por Tite ganhou o Chile por 4 a 0, sem sustos, com gols de Neymar, Vini Jr, Philippe Coutinho e Richarlison. Na data Fifa de novembro, a Seleção terá ainda a Colômbia, dia 16, em Barranquilla.
Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade máxima do futebol brasileiro, argumentou que a opção pelo Maracanã deve-se a "uma premissa da nossa gestão aproximar a seleção dos torcedores de todas as regiões do Brasil". A declaração é um tanto quanto contraditória, uma vez que a seleção joga com muito mais frequência no Sudeste do que nas outras regiões.
“A CBF recebeu o convite de diversos lugares do Brasil e do mundo para receber este que é um dos maiores clássicos do futebol mundial. A opção pelo Maracanã, entre tantos locais que estariam a altura de receber uma partida como essa, se deu não só pela questão logística, condições de treinamento e de deslocamento, que são prioridades, mas por ser também uma premissa da nossa gestão aproximar a seleção dos torcedores de todas as regiões do Brasil. Já tivemos uma partida na região Norte, em breve no Centro-Oeste e depois será a vez de a região Sudeste ser contemplada. E assim vamos seguir, respeitando sempre as condições ideais para o melhor desempenho da seleção brasileira", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Entenda as negociações
A capital amazonense era uma alternativa que agradava a CBF pela questão da logística. Antes da Argentina, a Seleção estará em Barranquilla, para jogar diante da Colômbia. O deslocamento, em voo fretado, seria de pouco mais de cinco horas, além de fazer calor nas duas cidades. Já os hermanos, que pegam o Uruguai em Buenos Aires na rodada anterior, teria de atravessar o continente para chegar na capital do Amazonas, em voo de quase 10 horas.
Pesou contra a Arena da Amazônia, entretanto, a falta de iluminação no estádio, que foi inaugurado há menos de 10 anos. Os jogos do campeonato estadual ou das competições nacionais ocorrem no período vespertino, diferentemente da partida entre o Brasil e Argentina, agendada para o período noturno.
A CBF também cogitou levar o jogo para São Paulo a fim de recompensar os torcedores que foram prejudicados, em 5 de setembro de 2021, por conta da interrupção do confronto com a Argentina pelas eliminatórias após problemas com a Polícia Federal. Por isso, Morumbi e Neoquímica Arena eram as opções também pela qualidade do gramado, mas as conversas não avançaram devido a compromissos dos clubes ou por shows previamente marcados. O Mané Garrincha, em Brasília, e a Arena Pernambuco, em Recife, também entraram no radar e foram preteridos.
Mudanças na seleção
Antes do clássico com a Argentina no Maracanã, a seleção brasileira tem outros dois compromissos pelas Eliminatórias, contra a Venezuela, no dia 12 de outubro, na Arena Pantanal, em Cuiabá, e contra o Uruguai, cinco dias depois, em Montevidéu.
O técnico Fernando Diniz teve que promover duas mudanças. Os laterais Renan Lodi, do Olympique de Marseille (França), e Vanderson, do Monaco (França), foram desconvocados após conversas do médico da seleção, Rodrigo Lasmar, com os respectivos departamentos médicos dos clubes.
Para seus lugares, Diniz chamou Carlos Augusto, da Inter de Milão (Itália), e Yan Couto, do Girona (Espanha).