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Fernando Diniz será o técnico interino da Seleção, enquanto segue com trabalho no Fluminense

Treinador ficará à frente da comissão técnica enquanto CBF aguarda italiano Carlo Ancelotti

Por Gabriel Mansur
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Publicado em 04/07/2023 às 21:03

Alterado em 04/07/2023 às 21:31

Fernando Diniz é o novo técnico da seleção brasileira Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

O treinador Fernando Diniz é o novo técnico (interino!) da seleção brasileira. Ele chegou à sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, para assinar contrato válido de seis meses a um ano. Ele ficará à frente da comissão técnica enquanto a entidade espera que o italiano Carlo Ancelotti deixe o Real Madrid ao término do vínculo, em junho de 2024, e assuma de fato o time canarinho no ciclo da Copa do Mundo de 2026.

O acordo entre as partes pelo interino prevê que Diniz siga o trabalho no Fluminense, mas vá para a seleção durante as convocações e datas Fifa. A tratativa entre CBF e o treinador aconteceu com o aval do clube, que topou o formato de trabalho que usará Diniz em um período parcial na Seleção.

"Um sonho para qualquer um. Uma honra e um orgulho enorme poder prestar serviço para a Seleção. É uma convocação, ainda mais do que jeito que aconteceu. Um trabalho em conjunto da CBF com o Fluminense, e eu tenho convicção de que a gente tem tudo para levar isso adiante e fazer com que dê certo", disse o técnico após contrato assinado.

Não há definição se Fernando Diniz permanecerá na comissão técnica do Brasil após a chegada do italiano. Durante as conversas, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, manifestou a Diniz que a entidade conta com ele para o ciclo até 2026, na comissão de Ancelotti. No entanto, o atual técnico do Fluminense preferiu assinar o contrato por um ano e decidir no ano que vem se continuará na Seleção como auxiliar do italiano.

O primeiro compromisso do novo treinador será a abertura das eliminatórias, em setembro. Na data Fifa de 4 a 12 de setembro, o Brasil recebe a Bolívia, em local a definir, e visita o Peru, em Lima. O interino terá ainda mais quatro partidas em 2023, todas pelas eliminatórias: Venezuela (em casa) e Uruguai (fora), em outubro, Argentina (em casa) e Colômbia (fora), em novembro.

Se Ancelotti não deixar o Real em janeiro, Diniz será o comandante da Seleção ainda na data Fifa de março de 2024, quando serão disputados dois amistosos, um deles já marcado, contra a Espanha, em Madri.

Fica a dúvida a respeito de quem será o responsável por convocar e dirigir o Brasil nos compromissos de junho de 24. O contrato de Carlo Ancelotti com o Real Madrid termina no dia 30 daquele mês, por mais que a temporada europeia se encerre com a final da Champions, dia 1º.

O calendário de seleções prevê uma data Fifa de 3 a 11 de junho e em seguida a realização da Copa América dos Estados Unidos, com abertura marcada para o dia 20. Outro ponto de interrogação no calendário de 2024 diz respeito ao pré-olímpico de janeiro, que tem boas chances de ser realizado na Venezuela e dará duas vagas para os Jogos de Paris-2024.

Ao longo de seu período à frente da Seleção, Fernando Diniz terá mais três pessoas da comissão técnica do Fluminense: o auxiliar Eduardo Barros e os preparadores físicos Marcos Seixas e Wagner Bertelli. A comissão terá ainda remanescentes da era Tite, como o médico Rodrigo Lasmar e os analistas Bruno Baquete e Thomaz Araújo.