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Polícia cumpre mandado de busca em sindicato de ex-presidente do Palmeiras

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil -
Mustafá Contursi
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Um mandado de busca e apreensão foi cumprido pela Polícia Civil na manhã desta terça (14) no Sindafebol (Sindicato Nacional das Associações de Futebol Profissional e suas Entidades Estaduais e Ligas), com sede no centro de São Paulo. O sindicato é presidido por Mustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras.

O pedido foi feito pelo Ministério Público para atender ao Inquérito Policial 120/2019, que está no 4º Distrito Policial da capital. Foram apreendidos documentos e computadores na sede do sindicato para apurar possíveis falsificações nas atas de assembleia da entidade.

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Mustafá Contursi (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O pedido de busca, deferido pela juíza Tamara Priscila Tocci, fala em "pretensas assembleias realizadas pela entidade" e que há "clara incerteza quanto às suas reais realizações".

"Haveria certa obscuridade, em especial nas assinaturas ali apostas". A alegação é que as atas de aprovações de contas e eleições tinham muito mais assinaturas de presentes do que existiam na realidade, segundo documento recebido pela reportagem.

A denúncia foi feita pelo Ituano e falava sobre parceria com o Ministério do Esporte, feita em 2011, em que o sindicato recebeu R$ 6,2 milhões para realizar cadastro de torcedores organizados. A parceria foi feita sem licitação e sem verificação da expertise do Sindafebol para realizar o trabalho.

Os policiais foram instruídos, segundo uma pessoa envolvida na investigação disse à Folha, para impedir a destruição de documentos e para apreender todas as atas para verificar as assinaturas que estão nas assembleias. Para isso, serão necessárias perícias e exames grafotécnicos.

O processo foi enviado inicialmente para a Justiça Federal e depois repassado para a Justiça do Trabalho por o Sindafebol ser um sindicato. Mais de um ano depois, voltou para São Paulo e foi aberto inquérito no 4º DP.

A reportagem tentou entrar em contato com o Mustafá Contursi, mas seu assessor disse que ele não pretende se pronunciar por enquanto e que vai provar sua inocência porque já houve arquivamento de outro processo sobre o mesmo assunto.