O contrato de Gatito Fernández com o Botafogo vai até dezembro de 2020 e, se depender do goleiro, ele será cumprido integralmente. No fim do ano passado o paraguaio recebeu várias sondagens para deixar o clube, inclusive uma do Flamengo. Agradeceu o interesse, mas recusou todas. Desde 2017, quando conheceu Jefferson, fez do ex-goleiro um espelho e, como o antigo número 1 alvinegro, quer eternizar seu nome na história do Botafogo.
O primeiro passo ele deu em 2017, quando foi um dos destaques da ótima campanha na Libertadores e conquistou o coração da torcida. A ponto de conseguir uma coisa que muitos entendiam ser impossível: fazer o torcedor alvinegro não sentir falta do grande ídolo. E não sentiu mesmo, sentiu foi a ausência de Gatito durante mais de dois terços do Campeonato Brasileiro de 2018.
Eliminação na Copa São Paulo
Com uma fratura no punho, só voltou na reta final e foi o principal responsável pela sensacional arrancada que livrou a equipe do rebaixamento. Jogou as sete últimas partidas com cinco vitórias, um empate e apenas uma derrota, na última rodada, quando o time já tinha se livrado da queda.
“Não sei se minha história vai ser do tamanho da do Jefferson, até porque ele ficou muito tempo aqui. Mas gostaria sim de fazer uma linda história como ele fez. Essas histórias do futebol devem ser copiadas, são coisas boas. Sou feliz aqui no Botafogo. Se não for algo muito bom para o Botafogo, acho difícil eu sair daqui”, afirmou ontem o goleiro.
Gatito, que completará 31 anos no dia 29 de março, sabe que para entrar para a história de qualquer clube grande é preciso conquistar títulos. Jefferson foi campeão carioca em 2010 e 2013 como protagonista e participou da conquista do ano passado. O paraguaio tem no currículo, além do destaque na Libertadores, o Carioca de 2018. Ele defendeu o pênalti cobrado por Henrique na final e garantiu a taça.”Para entrar na história tem que ser campeão. E Dá para a gente ganhar o bi do Carioca. A pré-temporada está sendo muito boa, fazendo trabalhos muitos bons e já misturando com a parte tática. Treinos muito intensos. Estou gostando bastante. Além disso, o Zé Ricardo ficou com a gente o que foi ótimo. Estou animado.
Desde que chegou ao Botafogo, no início de 2017, Gatito sempre conviveu com a sombra de Jefferson. Conquistou seu espaço, no time e no coração da torcida. Mas não pode se acomodar. Este ano no banco estará Diego Cavalieri, campeão brasileiro em 2012 com o Fluminense e várias vezes convocado para a seleção brasileira. Tem sido elogiado pelo preparador Flávio Tenius e Gatito sabe muito bem que não pode facilitar. “É um grande goleiro, com muita experiência, jogou fora do país. Ganhou muitos títulos no Brasil. Ele chega para somar, estou vendo que é um grande companheiro. Essa competição interna é muito boa”.
Pela Copa São Paulo, o Botafogo perdeu para o Guarani por 1 a 0 e foi eliminado.