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Flu se apega a classificações improváveis fora de casa para eliminar o Nacional

Lucas Merçon/Fluminense FC -
Digão em treino no Uruguai. Zagueiro ajudou Flu a cumprir missão semelhante em 2009
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Triunfar em torneios de mata-mata não requer obediência a uma receita pronta. É comum, porém, que um time chegue longe depois de superar cenários desfavoráveis. Em três das quatro vezes em que o Fluminense atingiu a final de competições nacionais e continentais no século XXI, houve, no percurso, uma classificação improvável fora depois de tropeço em casa. É nesse histórico que a equipe se apega para eliminar hoje o Nacional do Uruguai, em pleno Parque Central, às 19h30, nas quartas de final da Copa Sul-Americana.

Para chegar à semifinal, qualquer vitória serve ao tricolor, além de um empate em dois gols ou mais, já que vale o critério do gol fora de casa. Caso o 1 a 1 da ida se repita, a decisão da vaga vai para os pênaltis.

“A maior dificuldade que vamos enfrentar é manter a concentração durante os 90 minutos. Sabemos que será um clima bastante hostil. A torcida e todos os envolvidos na partida fazem com que fique assim”, previu Jadson, temendo o barulho que os mais de 30 mil torcedores do Nacional farão durante o confronto.

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Digão em treino no Uruguai. Zagueiro ajudou Flu a cumprir missão semelhante em 2009 (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

Fora das últimas quatro partidas por um edema muscular, Léo treinou normalmente em Montevidéu e estará de volta à lateral direita. Gum, substituído no jogo de ida após sentir o joelho e o tornozelo, também está à disposição de Marcelo Oliveira, e vai formar a zaga com Ibañez e Digão. Portanto, o técnico tricolor poderá mandar a campo o time considerado titular desde as lesões de Gilberto e de Pedro.

O primeiro torneio de mata-mata significativo que o Fluminense decidiu neste século foi em 2005, na Copa do Brasil. Antes de perder a decisão para a zebra Paulista de Jundiaí, a equipe precisou se recuperar de um empate em casa na semifinal: 2 a 2 com o Ceará em São Januário. No Castelão, o tricolor passou por cima e garantiu a vaga na final com um categórico 4 a 1.

Dois anos depois, na campanha do título inédito da Copa do Brasil, a situação era idêntica à atual, mas contra o Atlético-PR. Após ficar no 1 a 1 no Maracanã, uma vitória heroica de 1 a 0 na Arena da Baixada, com gol de Adriano Magrão, colocou o Flu na semifinal.

Na Sul-Americana de 2009, o clube voltou a viver situação semelhante, também nas quartas. Para avançar contra a Universidad de Chile, recuperou-se dos 2 a 2 no Maracanã, e ganhou em Santiago por 1 a 0.

Nacional-URU: Conde, Fucile, García, Rolín e Espino; Zunino, Romero, Oliva e De Pena; Castro e Bergessio. Fluminense: Júlio César, Ibañez, Gum e Digão; Léo, Richard, Jadson e Ayrton Lucas; Sornoza, Luciano e Everaldo. Juiz: Roberto Tobar (Chile).