O jornal El País publicou nesta quinta-feira (4) uma reportagem repercutindo os recentes embates eleitorais entre as candidatas à presidência Dilma Rousseff e Marina Silva. Segundo o jornal, o que é mais difícil para Dilma rebater são os resultados de uma economia débil, com as expectativas de crescimento do PIB de 0,54%, após este ter sido rebaixado 14 vezes.
O jornal afirma que Dilma se esforça para apresentar as conquistas de seu governo e se viu obrigada a negar a evidência da crise. O jornal ainda afirma que Dilma tem resultados reais obtidos nos quatro anos de governo, mas que pesquisas apontam 79% dos brasileiros já disseram que as mudanças não são satisfatórias. Querem mudar "tudo que está aí", como escreveu um analista político.
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Para o jornalista que escreveu o artigo, Juan Arias, Marina
Silva se auto intitula essa mudança na política tradicional engessada, enquanto
Dilma se desgosta por ter que defender o que já é considerado velho. Ainda sim,
o jornal não menciona a dicotomia de Marina, alinhada com questões progressistas
como defesa do meio ambiente, mas arraigada, mais do que os outros, em
moralismos.
O jornal ainda lembra que Dilma e Marina já se enfrentaram anteriormente. Ambs foram envolvidos em uma disputa amarga sobre a questão da defesa da Amazônia. Marina Silva era ministra do Meio Ambiente e Dilma de Minas e Energia. Marina jogou a toalha, e deixou o governo e o PT.
Enquanto isso, analisa o jornalista, o mentor de Dilma, Lula, está nas sombras. “Estranho silêncio”, diz o artigo. E, na ausência de notícias conjecturas multiplicam. “Alguns dizem que ele está doente. Outros que ele desistiu da política; outros que é difícil atacar Marina Silva”, diz o jornalista. O jornalista ainda coloca a questão que Dilma pediu para lutar sua própria luta.