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Simon anuncia candidatura à reeleição e vai trabalhar pela reforma política

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Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, em Porto Alegre, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) anunciou sua candidatura à reeleição pelo PMDB do Rio Grande do Sul. Concorre em substituição a Beto Albuquerque, que deixou a chapa para compor como vice de Marina Silva, candidata à presidência pelo PSB. Simon declarou que vai continuar sua linha de defesa de princípios éticos na política, e deverá trabalhar pela reforma política, “para reformular o nosso já esgotado sistema representativo”. 

"As manifestações que levaram mais de um milhão de pessoas às ruas, no ano passado, deixaram claro que a população deseja mudanças profundas no sistema político brasileiro, medidas que sejam capazes de reforçar a transparência e a participação popular", declarou Simon aos jornalistas, na sede do diretório estadual do PMDB do Rio Grande do Sul. 

Entusiasta das redes sociais, o senador alerta para a necessidade de mais mobilizações, “para que as mudanças aconteçam”.

Simon decidiu disputar a reeleição, abandonando a ideia de aposentadoria que vinha anunciando, para atender a um pedido dos partidos que compõem a coligação "O novo caminho para o Rio Grande", formada por PMDB,PSB, PSD, PPS, PHS, PTdoB, PSL e PSDC. O candidato ao governo é o ex-deputado e ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori, do PMDB, que apoiava Eduardo Campos e, agora, segue na aliança com Marina Silva. 

A candidatura de Pedro Simon foi registrada hoje no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele concorre com o número 151, e terá como suplentes Antônio Hohlfeldt (PMDB) e Rejane Carvalho (PPS).

Ao justificar a sua volta às urnas, Simon - que tinha o projeto de percorrer o Brasil proferindo palestras e debatendo o futuro do país -, disse que agora tem a missão de ajudar Sartori e dar sustentação ao futuro governo de Marina Silva na presidência da República. "Volto neste momento de decisão e uma forte razão é eleger e colaborar com Marina Silva. É como disse o nosso querido Eduardo: não vamos desistir do Brasil", mencionou Simon.

Indagado sobre a possibilidade de terminar sua carreia política com uma derrota pela impossibilidade de fazer uma campanha mais forte e com menos tempo na busca por votos em relação aos seus adversários, Simon afirmou que vai fazer sua parte: ”não sei como vai ser a repercussão, se vai cair no ridículo, vou fazer o que tenho que fazer, a minha parte”.

Agronegócio

Algumas perguntas exploraram a possibilidade de ocorrerem divergências entre setores do agronegócio e as propostas ambientalistas defendidas por Marina Silva. Simon minimizou o impacto dessas aparentes contradições, e contou que numa palestra recente no Rio Grande do Sul, a candidata “foi aplaudida por produtores rurais”. 

O senador considera que “todos evoluíram nesse aspecto, tanto o agronegócio quanto os ambientalistas, convergindo para o desenvolvimento  sustentável, cada vez mais uma realidade mundial”.