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Marina defende união em torno de legado de Eduardo Campos

Ex-senadora participou de missa de 7º dia na Catedral de Brasília 

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A ex-senadora Marina Silva defendeu nesta terça-feira a união em torno do legado de Eduardo Campos (PSB), morto na última quarta-feira. Após missa de 7º dia realizada na Catedral de Brasília, a candidata, que ainda deve ser formalizada pelo partido, disse que a trajetória do ex-governador de Pernambuco não pode servir de uma herança onde cada um tenta se aproveitar de um fragmento.

“Nesse momento, o esforço de todos nós brasileiros é que sua trajetória não seja tratada como herança onde cada um pega o fragmento do despojo, mas que seja tratado como legado, um legado de que quanto mais pessoas puderem se apropriar dele, maior ele fica, porque se multiplica no coração, nas mentes daqueles que não desistem que esse mundo pode ser socialmente justo, economicamente próspero, culturalmente diverso, politicamente democrático e ambientalmente sustentável”, disse Marina, em pronunciamento após a cerimônia.

A ex-senadora lamentou que a trajetória de seu antigo companheiro de chapa tenha ficado conhecida com a tragédia da última quarta, quando o avião de Campos caiu em Santos (SP). “Que bom que se revelaram os seus ideais, que pena que para revelarem-se foi ao preço de tamanho sacrifício, de tamanha perda”, afirmou.

A missa reuniu políticos do PSB, como o coordenador do programa de governo de Campos, Maurício Rands, a deputada federal Luiza Erundina (SP) e o deputado Júlio Delgado (MG). O vice-presidente Michel Temer e o ministro Gilberto Carvalho representaram o Palácio do Planalto, já que Dilma Rousseff participou de agenda de campanha em Porto Velho (RO), nesta manhã.

Durante a missa, também foram lembradas as mortes do assessor de imprensa Carlos Percol, do fotógrafo Alexandre Severo, do cinegrafista Marcelo Lyra, do assessor Pedro Valadares Neto e dos pilotos Geraldo Magela e Marcos Martins.

Novo vice 

Abrigada no PSB por não ter conseguido viabilizar seu partido, a Rede Sustentabilidade, Marina Silva assumirá a cabeça de chapa sem o compromisso de permanecer na legenda de Eduardo Campos, que ficará com a vice.

O presidente do PSB, Roberto Amaral, e o líder do partido na Câmara, Beto Albuquerque (RS), não acompanharam a cerimônia. Ambos se reuniram no Recife com a viúva de Campos, Renata Campos, para acertar o nome do vice na chapa de Marina Silva. Por ser um político sempre ligado ao partido e ter participado do processo de construção da candidatura de Campos, o parlamentar gaúcho é visto por dirigentes como o nome ideal para assumir o posto. O apoio da viúva é visto como essencial para a escolha do nome.