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Mal inflacionário dos operadores

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Argumentos é que não faltam para os planos de saúde pedirem reajustes acima de 10% e próximo a 13% na ANS. Desde o maior uso anual de consultas à profusão da tomografia. Não importa a inflação em 3% e os juros básicos a 6,25% ao ano em maio. Os planos de saúde, muitos deles ligados a bancos, ignoram a queda da inflação e o clamor da sociedade e mantêm suas planilhas com febre inflacionária de dois dígitos. 

Por três anos prestei assessoria de comunicação a um dos maiores planos de saúde do país e o presidente da empresa me dizia que sempre pressionava os prestadores de serviços a baixar os custos (até mesmo quando os juros baixavam). É que a empresa operava maciçamente com planos empresariais e os departamentos de RH das empresas sabiam analisar os custos e pediam baixa de custos e discutiam diretamente meios de baixá-los (a troca de pessoal mais idoso por jovens é parte do plano de reduzir custos em comum). 

Esperava-se que a ANS atuasse em favor de 8 milhões de titulares de planos individuais novos expostos ao reajuste de junho. Mas, quem se preocupa com o consumidor no Brasil? A ANS nem completa está. Resta torcer pela diligência do Ministério da Fazenda.

>> Febre inflacionária nos Planos de Saúde: Reajuste ameaça 8 milhões