A proposta da Boeing para se associar a fabricante brasileira de aviões Embraer não se restringe apenas à área de aviação comercial e inclui a divisão de defesa da empresa.
De acordo com o jornal "Folha de São Paulo" desta terça-feira (2), a companhia norte-americana está segura de que vai comprovar ao governo brasileiro que a autonomia, independência e segredos estratégicos da Embraer serão garantidos e preservados.
Além disso, segundo a publicação, a Boeing também vai apresentar alguns exemplos de parcerias internacionais que oferecem salvaguardas de soberania aos países.
O objetivo da Boeing é que a parceira ajude a empresa a complementar a carteira de produtos, incrementar as plataformas de vendas e serviços, além de desenvolver novos produtos.
No entanto, o governo brasileiro diz que vetará a perda de controle nacional da empresa devido à sua importância estratégica na área militar. O presidente Michel Temer, inclusive, chegou a afirmar que a venda da Embraer estava "fora de cogitação".
As negociações para uma associação entre as duas fabricantes de aviões foram reveladas no último dia 21 de dezembro, inicialmente pelo jornal "The Wall Street Journal". Na ocasião, a Embraer confirmou a negociação.