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Após paralisação, Bovespa retoma atividade e opera em forte queda

Ibovespa chegou a cair 10,47%, às 10h21, horário em que o “circuit breaker” foi acionado

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O principal índice da bolsa de valores de São Paulo retomou o pregão e opera em forte queda nesta quinta-feira (18), após os negócios terem sido interrompidos pelo “circuit breaker”, mecanismo que interrompe o pregão quando a bolsa perde mais de 10% em relação ao dia anterior.

Se a queda persistir, os negócios podem ser interrompidos novamente quando a baixa chegar a 15%. Se isso ocorrer, a paralisação seria de uma hora.

Às 12h31, as ações da Eletrobras ON lideravam as perdas, com quedas acima de 18%. Os papéis de Rumo, Gerdau, Eletrobras PNB e JBS completavam a lista das cinco maiores quedas do Ibovespa.

Às 12h57, a Bovespa caiu 9,20%, a 61.325 pontos, e os negócios foram interrompidos pelo circuit breaker, repercutindo as denúncias da noite passada contra o presidente Michel Temer.

Mais cedo, o Banco Central informou que está monitorando o impacto das informações recentemente divulgadas e que "atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados".

As ações que mais caíram na abertura dos mercados foram as da CEMIG (-41,65%), Banco do Brasil (-24,57%), Bradesco (-25,88%), Petrobras (-19,87%), Itau Unibanco (-18%), Santander (-17,56%). O desempenho das ações da CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) estão relacionadas ao vazamento de um áudio de delação premiada no qual o senador mineiro Áecio Neves pede R$ 2 milhões para o grupo frigorífico JBS.

O ex-diretor da Cemig era Frederico Pacheco de Medeiros, que foi preso pela manhã, depois de ter seu nome citado como receptor de malas de dinheiro da JBS a pedido do senador Aécio Neves (PSDB).

As ações da Petrobras caiam mais de 13%. Os papéis dos bancos também estavam entre os destaques negativos.

Os negócios ficaram suspensos por 30 minutos. O site da Bovespa também saiu do ar. A última vez que isso aconteceu foi em 22 de outubro de 2008, quando a bolsa caiu 10,18%. Na época, a paralisação foi motivada pela quebra do banco norte-americano Lehman Brothers.

Dólar tem forte alta

O dólar registrava forte alta ante o real nesta quinta (18), também motivado pelo cenário político brasileiro e queda da Bovespa.

Às 13h17, o dólar subia 7,82%, a R$ 3,3822.