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'WSJ': Moody´s diz que economia do Brasil está começando a se recuperar

Vice-presidente da empresa diz  que confiança dos investidores está voltando aos poucos

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Matéria publicada nesta quarta-feira (28) pelo The Wall Street Journal afirma que a vice-presidente da Moody's, Samar Maziad, disse na terça-feira (27) que a economia do Brasil provavelmente já começou a se recuperar da pior recessão desde 1930 e seu crescimento pode surpreender positivamente no próximo ano. 

Segundo a reportagem do Journal, a analista relaciona a volta da confiança dos investidores com a conclusão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e o avanço da investigação Lava Jato. 

> > The Wall Street Journal Brazil’s Economy Probably Starting to Rebound, Moody’s Says

O jornal norte-americano conta que pelas previsões da Moody`s a economia do Brasil vai crescer 0,5% no próximo ano, após contrair 3,5% em 2016. Mas a expansão em 2017 poderia surpreender, chegando a 1%. A agência de classificação espera que a recuperação seja liderada pelo investimento das empresas com uma crescente confiança. O produto interno bruto do país sul-americano encolheu 3,8% no ano passado, e o Banco Central do Brasil na terça-feira (27) prevê uma contração de 3,3% este ano. PIB do Brasil deve expandir 1,3% em 2017, de acordo com o banco.

"Com melhores condições econômicas existe menos risco de que o governo precisar ajudar financeiramente algumas empresas estatais, como a Petrobras, alvo da maior investigação de corrupção do Brasil", disse Maziad.

"Perfil de liquidez da Petrobras tem melhorado" para este ano e 2017, disse a analista.

Samar Maziad afirmou que a melhora da situação financeira da Petrobras, com redução do seu nível de endividamento, "ajuda na avaliação do rating soberano". Para ela, a nova gestão administrativa da estatal reduz uma eventual necessidade do Tesouro Nacional precisar capitalizar a companhia em algum momento. Ela também destacou que o aumento da solidez da Petrobras é positivo para toda a cadeia produtiva do setor e colabora para incrementar o nível de atividade no País.

"O novo governo do presidente Michel Temer agora tem que se concentrar em aprovar reformas econômicas necessárias" de acordo com a analista da Moody`s.

A vice-presidente da Moody's, Samar Maziad, afirmou que as reformas fiscais, como as propostas de teto dos gastos federais com base na inflação do ano anterior e mudança estrutural na Previdência Social, fortalecerão a confiança em geral no País e elevarão a Formação Bruta de Capital Fixo. 

"Os investimentos podem subir, pois recuaram de 19% para 17% do PIB durante um ciclo de retração da atividade por dois anos", apontou Samar.