ASSINE
search button

Aumento da inflação divide economistas sobre nova alta da Selic

Informações dão conta que uma mudança importante pode acontecer até 6 de janeiro

Compartilhar

A elevação pela 13ª semana seguida das estimativas de instituições financeiras para a inflação em 2015 intensifica expectativas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) volte a aumentar a Selic, taxa básica de juros do Banco Central, atualmente em 14,25% ao ano. Economistas se dividem não apenas a respeito de quando isso pode acontecer, mas também sobre a efetividade da medida para conter a inflação. Além disso, informações que rondam o mercado dão conta que, até o dia 6 de janeiro, grandes mudanças possam acontecer na área financeira do país.

De acordo com o Boletim Focus desta segunda-feira (14), neste ano a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deverá ficar na casa dos 10,61%, ante os 10,44% projetados anteriormente. Para 2016, a estimativa foi ajustada de 6,7% para 6,8%. Os números estão acima do limite superior da meta, que é 6,5%. O centro da meta é 4,5%.

A próxima reunião do Copom acontecerá entre os dias 19 e 20 de janeiro. Há um conflito sobre aumentar ou não a taxa de juros na ocasião. Ela é utilizada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia e serve como referência para as demais taxas de juros da economia brasileira. Seu reajuste para cima contém o excesso de demanda que pressiona os preços, mas encarece o crédito e estimula a poupança. Há quem acredite que a elevação da Selic no início de 2016 vá ser de 0,25%, chegando a 14,50% anuais.

O duro discurso do presidente do BC, Alexandre Tombini, na semana passada reforça a tese de elevação da taxa. Ainda assim, uma ala de economistas defende que a medida pode implicar em uma alta ainda maior da dívida bruta em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, podendo agravar a recessão econômica. Outros especialistas defendem que o combate à inflação deve ser prioridade da autarquia, deixando a contenção da escalada da dívida sob responsabilidade do Tesouro Nacional e do Ministério da Fazenda.