De acordo com boletim divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça-feita (6), as perspectivas sobre o desempenho da economia brasileira neste ano pioraram. Os técnicos veem uma retração de 3%. O mercado financeiro prevê uma queda de 2,85%.
Para 2016, a previsão é de queda de 1,7%. O FMI estima ainda que a inflação no Brasil chegue a 8,9%, “acima do teto de tolerância do Banco Central, de 6,5%.
>> Moody's prevê retração de 3% do PIB brasileiro em 2015
Ainda segundo o FMI, a economia global deve desacelerar ainda mais do que era previsto anteriormente. As estimativas pioraram pela terceira vez no ano, chegando a 3,1% para 2015. Em julho, a perspectiva era de crescimento de 2,9%, e, em abril, de 2,7%.
"Seis anos após a economia mundial emergir de sua mais ampla e profunda recessão desde o pós-guerra, um retorno a uma expansão global robusta e sincronizada permanece ambíguo", escreveu Maurice Obstfeld, economista-chefe do FMI.
O fator de maior influência é o esfriamento da economia da China, mais rápido que o esperado, derrubando os preços das commodities e desequilibrando países - entre eles o próprio Brasil -, exportadores de materiais como ferro e soja.
A economia chinesa, entretanto, não é o único motivo de preocupação do organismo internacional, que também aponta para problemas demográficos e altos déficits públicos e privados.